Introdução: Desde fevereiro de 2020, a infecção provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) assola o Brasil (BRASIL,2020). O cenário pandêmico alterou drasticamente a oferta e a procura do sistema de saúde, o que resultou na sua superlotação. Como preconizado pela Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), a Atenção Primária é a porta de entrada para o atendimento das necessidades de saúde (BRASIL, 2011). Diante disso, os profissionais que a constituem sofreram com a elevada demanda de atendimento e exigência de produtividade, a insuficiência de recursos humanos, capacitações e atualizações constantes acerca das rotinas de vacinação. Além de fatores estruturais, o risco de contaminação dos profissionais atuantes na linha de frente provocou sofrimento emocional, mediante ao estresse, à ansiedade, ao medo e ao cansaço (TEIXEIRA et al, 2020). Com isso, as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) apresentam-se como uma alternativa efetiva e de baixo custo, que busca a harmonia nas dimensões biopsicossociais, a fim de prover saúde e qualidade de vida ao indivíduo (PNPIC, 2006). Objetivo: Descrever a vivência de acadêmicas de Enfermagem na aplicação da medicina integrativa em profissionais de Unidades Básicas de Saúde de Sergipe. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência descritivo de ações realizadas mediante a aplicação das práticas de: auriculoterapia, massoterapia, ventosaterapia, reiki, mediante corredor de cuidado; meditação e yoga. Para tais, foram selecionadas três UBS campos de Estágio Supervisionado I, sendo solicitado a permissão da gerência para a realização das ações e reservado uma sala para as terapêuticas. A sala era organizada prezando pela ambiência, com o objetivo de reduzir os fatores estressantes, com uso de cromoterapia, através da luz azul; e difusor com óleo essencial de lavanda. As práticas eram realizadas no final da jornada de trabalho, com o intuito de não entrar em conflito com a rotina. Resultados: As intervenções resultaram na melhora do relacionamento entre as equipes das unidades, da disposição para o trabalho, do vínculo com a comunidade, e do interesse pelas práticas integrativas. Reflexo da redução dos sintomas da ansiedade, do medo e do estresse diário vivenciado por esses profissionais. Conclusão: Em suma, as intervenções com o uso das PICS em profissionais da Atenção Primária mostraram-se eficazes para a qualidade de vida do trabalhador e para a unidade, no que compete a prestação de serviço.