INTRODUÇÃO: A pele do recém-nascido possui funções imaturas estando suscetível ao aparecimento de lesões aos mínimos traumas1-2. Um dos pontos que levaram a escolha do estudo diz respeito a ausência de protocolos para o manuseio da pele dos recém-nascidos na instituição em estudo, visto que diversas pesquisas apontam para a padronização e sistematização das condutas profissionais do cuidado ao neonato3-4. Optou-se pelo uso da Escala de avaliação da Condição de Pele do Recém-Nascido (ECPRN) por se tratar de uma escala atual e validada com efeitos positivos5. OBJETIVOS: Verificar a aplicabilidade da ECPRN em uma Unidade de Cuidado Intensivo Neonatal (UTIN) de uma maternidade escola de referência do estado do Piauí. METODOLOGIA: Estudo quantitativo do tipo plano de intervenção, realizado em três etapas com 75 profissionais atuantes na assistência direta ao recém-nascido. A coleta de dados ocorreu entre agosto e dezembro de 2018 por meio de anotações em um diário de campo. A primeira etapa deu-se a partir de um curso de atualização profissional. Na segunda etapa foi realizado um treinamento para implementação da escala. Na terceira etapa, concomitante a fase de implementação, aplicou-se o plano piloto durante 30 dias no formato de carimbo. O estudo foi desenvolvido conforme a resolução 466/2012 com anuência da instituição participante. RESULTADOS: Participaram da intervenção educativa na primeira etapa, 60 profissionais, entre eles, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e fonoaudiólogos e nas etapas seguintes, 15 enfermeiros. No que tange a primeira etapa, os participantes se mostraram bastante interessados e participativos, uma vez que faziam perguntas sobre o tema abordado e tiravam suas principais dúvidas por meio da aquisição de novos conhecimentos. Durante a segunda etapa foram apresentadas todas as suas funções, bem como identificação de riscos de lesão de pele e como preveni-las. Com a execução da terceira etapa, foi possível observar a adesão de todos os enfermeiros para com a implementação da ECPRN. 100% dos profissionais participantes da terceira etapa do estudo, afirmaram que a ECPRN trata-se de um instrumento importante e de fácil entendimento para a assistência ao recém-nascido. CONCLUSÃO: Constatou-se a relevância e aplicabilidade do uso da ECPRN na prática pelos profissionais, bem como permitiu melhor compreensão sobre a produção do cuidado de enfermagem, possibilitando implementar para o alcance da eficácia na gestão do cuidado.