Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
A psicoeducação como ferramenta do cuidado em enfermagem na promoção da saúde mental
Relatoria:
IZABEL CRISTINA DE SOUZA
Autores:
- Vitória Caroline da Cunha Rodrigues
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A promoção da saúde mental perpassa aspectos individuais, como conhecimento e emoções, e os sociais, como os preconceitos. A incompreensão dos fatores associados a uma condição ou transtorno mental (TM) pode levar a uma má condução terapêutica, frustração por expectativas irreais e psicofobia, gerando sofrimento mental. Objetivo: Relatar a experiência de uma enfermeira na execução de atividade de psicoeducação durante consulta de enfermagem. Métodos: Estudo descritivo do tipo relato de experiência sobre atividade de psicoeducação com famílias de crianças e adolescentes acompanhados em um CAPS Infantil (CAPSi) na cidade de Fortaleza durante o mês de junho de 2022. Resultados: A atividade proposta ocorreu durante as consultas de enfermagem com cada família. Durante as consultas, foram feitas as seguintes perguntas norteadoras: “Vocês sabem dizer por que são acompanhados(as) no CAPSi?”; “Outros familiares e colegas entendem as potencialidades e limitações do(a) paciente?”; “O que vocês esperam que aconteça com o uso das medicações, mudanças no comportamento e seguimento nas terapias?”. As respostas recebidas foram conduto para a atividade de psicoeducação, como clarificação de termos, uso de exemplos e imagens, orientação sobre uso de medicações, comportamentos esperados, adoção de novos comportamentos, alinhamento de expectativas e explicação sobre serviços de saúde da rede adequados a cada necessidade. Foi perceptível notar diversas lacunas no conhecimento, apesar do acompanhamento regular das famílias em um serviço especializado em saúde mental como o CAPSi. As principais dúvidas foram quanto aos sinais, sintomas e comportamentos associados ao TM; potencialidades e habilidades a serem desenvolvidas; e as possibilidades de terapias medicamentosas e não-medicamentosas empregadas. Discursos sobre psicofobia foram comuns, trazendo à tona a questão da saúde mental enquanto tabu. Alguns familiares relataram, ainda, sentirem-se fragilizados por não conhecerem bem a condição da criança ou adolescente e não conseguirem ajudá-los. Conclusão: A psicoeducação é uma ferramenta que pode e deve ser utilizada por enfermeiros sempre que possível, de forma dialógica, sendo uma tecnologia leve e de fácil empregabilidade, no entanto sua importância não deve ser menosprezada. A execução da atividade de psicoeducação requer conhecimento e comunicação adequados ao contexto e podem ser úteis, auxiliando a autonomia dos familiares no cuidado à saúde mental.