Introdução: A saúde digital tem ganhado destaque, principalmente com a pandemia da COVID-19. O COFEN descreve a prática da telenfermagem como um termo que engloba a Consulta de Enfermagem, Interconsulta, Consultoria, Monitoramento, Educação em Saúde e Acolhimento da Demanda Espontânea, mediadas pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Objetivo: Identificar na literatura o uso da telenfermagem na assistência à saúde durante a pandemia da COVID-19, no Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica integrativa, realizado na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), por pesquisadores independentes, de 22 a 24 de julho de 2022. Utilizou-se os descritores “telenfermagem” AND “COVID-19”, filtro “texto completo disponível”, publicados em português, inglês e/ou espanhol. Adotou-se como critério de inclusão os estudos que abordassem a telenfermagem na assistência à saúde durante a pandemia da COVID-19 e como critérios de exclusão os estudos realizados fora do Brasil, e que não abordassem o contexto assistencial. Foram encontrados 11 estudos na BVS, nas seguintes bases de dados: LILACS, BDENF, MEDLINE e Coleciona SUS. Na obtenção da amostra, 1 estudo foi excluído por ser duplicata e 3 estudos por fugirem do objetivo da pesquisa (abordaram ensino de enfermagem e interprofissionalidade), totalizando em 7 estudos para revisão. Resultados: A telenfermagem tem sido utilizada para o monitoramento de doenças crônicas e infecciosas, apoio à saúde materna e no acompanhamento da atenção domiciliar contribuindo para a manutenção da capacidade funcional do idoso e nas orientações aos cuidadores. Destaca-se ainda que a telenfermagem apresentou-se como uma importante ferramenta para a continuidade da educação permanente, fortalecendo o aprendizado das equipes neste período. Foi possível identificar na literatura analisada as contribuições para a continuidade dos cuidados e redução dos riscos de transmissão da COVID-19. Conclusão: A telenfermagem se apresenta como ferramenta de ampliação da qualidade do acesso à saúde, mesmo em situações de isolamento como ocorreu na pandemia da COVID-19. Observou-se a necessidade de mais estudos sobre a telenfermagem enquanto inovação de práticas do cuidado, de modo a evidenciar os desafios e as potencialidades. O fato deste estudo ter identificado apenas o uso no Brasil configura-se como uma limitação.