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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR CÂNCERES NO BRASIL (2001-2020)
Relatoria:
Francisco Lucas de Lima Fontes
Autores:
  • Ana Beatriz Brito Alencar
  • José Fortuna da Silva
  • José Wicto Pereira Borges
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o câncer é o principal problema de saúde pública no mundo e está entre os quatro principais motivos de morte precoce (<70 anos) na maior parte do mundo. Dentre as causas para isto estão: envelhecimento, crescimento populacional e mudança na distribuição e na prevalência dos fatores de risco para esta Doença Crônica Não Transmissível (DCNT). OBJETIVO: Caracterizar o perfil epidemiológico da mortalidade por cânceres no Brasil no período de 2001 a 2020. MÉTODOS: Estudo epidemiológico descritivo e retrospectivo do tipo ecológico, desenvolvido por meio do Sistema de Informações sobre Mortalidade, vinculado ao DATASUS. O capítulo da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) adotado foi “Neoplasias (Tumores)”. Coletaram-se as variáveis: categoria CID-10, região do país, unidade da federação, ano do óbito, sexo, raça/cor, faixa etária e local de ocorrência da morte. A análise dos dados ocorreu mediante estatística descritiva simples. O coeficiente de mortalidade geral por ano foi calculado empregando-se o total dos óbitos dividido pela população brasileira, multiplicado por cem mil. RESULTADOS: Verificou-se a ocorrência de 3.628.612 mortes no período analisado. O ano com maior coeficiente de mortalidade refere-se a 2019 (110,9/100 mil hab.) e o menor em 2001 (59,1/100 mil hab.), com média de 181.430 mortes nos 20 anos analisados. Percebeu-se aumento paulatino de mortes no período de 2001 a 2019, com leve redução em 2020, o que pode indicar possível represamento de casos. Dentre os 136 tipos de câncer, aqueles com maior mortalidade no Brasil no período estudado foram: pulmão (12,3%), estômago (7,3%) e mama (7,3%). Entre as cinco regiões do país, a Sudeste apresentou maior número de casos (48,8%). Relativo às unidades da federação, São Paulo concentrou 25,9% de óbitos, o que pode ser explicado porque esse estado é o mais populoso do país. Com relação às características demográficas, 53,2% das vítimas eram do sexo masculino. Referente a idades, adultos entre 30 a 59 anos representaram 29,8% e idosos com 60 anos ou mais, 67,1%. Sujeitos de cor/raça branca foram notificados no sistema 59,2% das vezes. Concernente ao local de ocorrência da morte, 79,7% vieram a óbito em âmbito hospitalar. CONCLUSÃO: Ressalta-se a heterogeneidade da mortalidade por cânceres no Brasil. Eles acometem parcela significativa de adultos e idosos, o que aponta para a necessidade de rastreamento precoce dos fatores de risco dessas DCNTs.