Introdução: A categorização das lesões complexas não se limita apenas à perda de espessura da pele. Essas feridas também podem ser caracterizadas pela exposição de tendões, ossos ou feixes vasculonervoso, embora não exista uma classificação focada na complexidade da ferida. Nesse contexto surge como problematização deste ensaio de pesquisa o seguinte questionamento: quais elementos e sinais de gravidade são utilizados para caracterizar a complexidade de uma ferida? Podem ser compilados em um instrumento para ser utilizado na prática clínica? Objetivo: Validar a construção de uma escala para classificar o grau de complexidade de feridas agudas e crônicas. Metodologia: Estudo metodológico desenvolvido em: diagnóstico situacional da literatura em busca de instrumentos que classificassem lesões por sinais gravídicos, pesquisa bibliográfica, construção da escala e validação de conteúdo da escala com 12 juízes. Resultados: Para construção da escala, utilizou-se os domínios que mais se repetiam nas encontradas na busca literária: Tamanho, Profundidade, Bordas, Maceração, Tipo de Tecido, Exsudato, Inflamação/Infecção. Desses selecionados, também foram analisados os scores de cada item para realizar o sugestivo de classificação em baixa, média e alta complexidade isoladamente em cada item. Utilizou-se o programa Microsoft Power Point 2013 para construção da tecnologia e da técnica snowball com 12 juízes com expertise na área temática de lesões agudas e crônicas para a validação. Considerou-se a taxa de concordância entre os juízes superior a 0,80 para validação. A escala apresentou o índice de validade de conteúdo (IVC) global de 0,99, apresentando um ótimo índice isoladamente, tornando-se validada. Conclusão: A escala foi validada em objetivo, estrutura, apresentação e relevância, o que viabiliza ser um instrumento que contribuirá para o sistema público e privado.