Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES NO BRASIL (2001-2020)
Relatoria:
Francisco Lucas de Lima Fontes
Autores:
- Ana Beatriz Brito Alencar
- Manoel Borges da Silva Junior
- José Fortuna da Silva
- José Wicto Pereira Borges
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Com a mudança do perfil epidemiológico, na qual as Doenças Crônicas Não Transmissíveis passaram a ser as principais causas de morte, as doenças cardiovasculares ganharam destaque na clínica e na pesquisa. Segundo a Organização Mundial da Saúde, as doenças cardiovasculares são as principais causas mundiais de morte, representando um terço de todos os óbitos. OBJETIVO: Caracterizar o perfil epidemiológico da mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil no período de 2001 a 2020. MÉTODOS: Estudo epidemiológico descritivo e retrospectivo do tipo ecológico, desenvolvido por meio do Sistema de Informações sobre Mortalidade, vinculado ao DATASUS. O capítulo da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) adotado foi “Doenças do Aparelho Circulatório”. Coletaram-se as variáveis: categoria CID-10, região do país, unidade da federação, ano do óbito, sexo, raça/cor, faixa etária e local de ocorrência da morte. A análise dos dados ocorreu mediante estatística descritiva simples. O coeficiente de mortalidade geral por ano foi calculado empregando-se o total dos óbitos dividido pela população brasileira, multiplicado por cem mil. RESULTADOS: Verificou-se a ocorrência de 6.448.698 mortes pelo agravo no período analisado. O ano com maior coeficiente de mortalidade refere-se a 2019 (171,7/100 mil hab.) e o menor em 2001 (124,2/100 mil hab.), com média de 322.434 mortes nos 20 anos analisados. Percebeu-se também um aumento paulatino de mortes no período de 2001 a 2010. Dentre as doenças cardiovasculares com maior mortalidade destacam-se: infarto agudo do miocárdio (24,5%), acidente vascular encefálico (12,9%) e insuficiência cardíaca (9,5%). Entre as cinco regiões do país, a Sudeste apresentou quase metade dos casos (48%). Relativo às unidades da federação, destacaram-se São Paulo (24,7%), Rio de Janeiro (11,3%) e Minas Gerais (10,1%) com maior concentração de óbitos, fato que pode ser explicado porque esses estados encabeçam o ranking de unidades federativas mais populosas. Com relação às características demográficas, 52,5% das vítimas eram do sexo masculino, com idades acima de 60 anos (77,9%) e notificadas no sistema como brancas em 54,5% das vezes. Concernente ao local de ocorrência da morte, 65,5% vieram a óbito em âmbito hospitalar e 25,7% no próprio domicílio. CONCLUSÃO: Percebe-se expressiva mortalidade por doenças cardiovasculares em idosos, o que alerta para a urgência de políticas que assegurem longevidade e qualidade de vida.