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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
MARCAS DE NASCENÇA: UM ESTUDO OBSERVACIONAL
Relatoria:
GREYCE POLLYNE SANTOS SILVA MINARINI
Autores:
  • ETREO JUNIOR CARNEIRO DA SILVA MINARINI
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A experiência da mulher no processo de parturição perpassa dois cenários distintos, o modelo tecnocrático e o modelo centrado na fisiologia da mulher. Busca-se romper, assim, com o modelo arcaico considerando que o nascimento é um momento indescritível que nos traz um imenso prazer de registrar com grande emoção. Objetivo: Compreender a percepção das mulheres sobre a experiência da parturição através de uma linguagem documental. Metodologia: Trata-se de um estudo de natureza observacional e abordagem qualitativa, realizado em um hospital filantrópico na cidade de Colatina, ES, Brasil, com mulheres admitidas na maternidade, na ocasião do parto e seus conceptos vivos, a termo, sem complicações. A coleta de dados foi através da observação sistemática participativa mediante o registro em um diário de campo analisadas a luz da literatura vigente por meio da ordenação, classificação em categorias empíricas, síntese e interpretação dos dados. A pesquisa obteve aprovação do Comitê de ética em pesquisa com seres humanos sob o protocolo de nº 983.507. Resultados: A observação permitiu a construção das categorias: Dor do parto, Métodos não-farmacológicos para alívio da dor e Presença do acompanhante. A dor representa um importante sinal do início do trabalho de parto e com a sua evolução a dor assume características somáticas, como na fala de “A.C. ao comparar a dor como à quebra de todos os ossos do corpo”. A Organização Mundial de Saúde orienta que toda parturiente tem o direito a métodos farmacológicos ou intervenções não farmacológicas para controle da dor. Essas práticas se mostram bastante eficazes, como descrito na fala a seguir: “O acompanhante que seguiu com a parturiente para o banho percebeu que as dores rapidamente foram aliviando, expressando a seguinte frase: “Agora sim, molhou melhorou”. O empoderamento da mulher constitui uma maior autonomia quanto às suas escolhas no processo de parto e de nascimento, além de direcionar a prática do cuidado com humanização ao fortalecer o valor biopsicossocial. Conclusão: A pesquisa trouxe através da observação o cuidado holístico na tentativa de resgatar o parto fisiológico, evento este favorecido pelos métodos não-farmacológicos para alívio da dor e presença de um acompanhante, evidenciando a necessidade de humanização ao parto respeitando a fisiologia do processo de parto e não intervindo desnecessariamente, mas amparando a mãe e seu filho com suporte físico e emocional.