Introdução: O cuidado de enfermagem integral ao indivíduo com doença falciforme (DF)e a seus familiares requer do profissional enfermeiro, além do conhecimento técnico-científico da fisiopatologia da doença e suas principais implicações clínicas e psicossociais, uma abordagem ampla e holística e a mobilização de diversos recursos, principalmente aqueles já validados para a ciência de enfermagem, como o Processo de Enfermagem (PE), possibilitando um diagnóstico de enfermagem preciso e uma intervenção individual para cada caso. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem no atendimento a uma criança com anemia falciforme internada em um hospital universitário. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de três discentes do curso de Enfermagem da Unimontes, resultado das atividades práticas na pediatria, no período junho de 2022. Os estudantes aplicaram o PE, preconizado pela Resolução do COFEN nº 358/2009, durante os cuidados prestados a uma criança com anemia falciforme e seu acompanhante. Na primeira etapa do PE, foi realizada a anamnese da criança (entrevista realizada com a mãe do paciente) e exame físico. Na segunda etapa, foram levantados os Diagnósticos de Enfermagem (DE) de acordo com a CIPE®5 e prosseguiu-se para a terceira etapa do PE, planejamento da assistência de enfermagem, determinando os resultados esperados e as intervenções de enfermagem a serem implementadas a criança e sua família. No presente estudo foram respeitados os princípios éticos sendo preservado o sigilo e o anonimato das informações prestadas. Resultados: B.A.S.S, sexo masculino, 6 anos, portador de anemia falciforme, hospitalizado para tratamento de crise álgica e pneumonia. Os DE levantados para a criança foram: dor aguda, mobilidade prejudicada e intolerância à atividade atual. Dentre as intervenções de enfermagem propostas para a promoção do conforto e bem estar da criança, aplicou-se uma intervenção lúdica por meio da contação de história. Conclusão: A utilização do PE possibilitou aos acadêmicos identificar as principais necessidades humanas básicas acometidas da criança do estudo, possibilitando a implementação de cuidados de acordo com as suas necessidades individuais. Ressalta-se que esse cuidado não deve ser voltado apenas ao cuidado físico, destacando-se a utilização da contação de histórias como um recurso lúdico terapêutico no atendimento à criança, tornando, mais agradável, sua permanência no hospital e auxiliando em sua recuperação.