Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
ANÁLISE DE INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS NOS DOIS PRIMEIROS ANOS DE PANDEMIA COVID-19 NAS CAPITAIS BRASILEIRAS
Relatoria:
Juliana Pereira Cabral
Autores:
- Christielle da Silva Montenegro
- Iunaira Cavalcante Pereira
- Antonio Carlos Fonseca Pontes
- Antonio Carlos Fonseca Pontes Junior
- André Ricardo Maia da Costa Faro
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
Introdução: Em 2019, no dia 31 de dezembro, na província de Hubei (Wuhan, China) foram identificados vários casos de pneumonia em humanos de causa desconhecida. Em 11 de março de 2020 a pandemia de COVID-19 foi declarada pela Organização Mundial de Saúde, quando já se acumulavam mais de 118 mil casos e 4.921 mortes em nível global. Objetivo: Analisar a evolução de indicadores epidemiológicos de COVID-19 nos dois primeiros anos da pandemia em todas as capitais dos Estados brasileiros. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, quantitativo, de caráter descritivo e analítico, dos casos e óbitos de COVID-19 nas capitais brasileiras, tendo como base de dados boletins epidemiológicos diários disponibilizados no Painel Coronavírus no período de 27/03/2020 a 31/03/2022. Resultados: No período do estudo o Brasil registrou 29.947.893 casos e 659.757 óbitos por COVID-19. Observou-se a necessidade do uso de médias móveis para as variáveis número de casos e número de óbitos, devido à variação de notificações ao longo da semana. Foram perceptíveis três picos, a saber: no início do período de análise; em março de 2021 (ligado ao espalhamento da variante gama, descoberta em Manaus) e no fim de 2021 e início de 2022 (ligado ao espalhamento da variante ômicron). No fim do período da coleta de dados, Cuiabá destacou-se com a maior mortalidade do Brasil (588,81 mortes por 100.000 habitantes), seguido por Porto Velho (502,32) e de duas outras capitais da região Centro-Oeste, Campo Grande (493,75) e Goiânia (491,32). Manaus, que teve episódios gravíssimos na segunda onda da doença, teve a segunda maior mortalidade da Região Norte (444.16 mortes por 100.000 habitantes). Com relação à letalidade, a capital maranhense São Luísa ocupou o primeiro lugar (letalidade de 4,573 mortos a cada 100 casos), seguida por São Paulo (4,009), Rio de Janeiro (3,849), Belém (3,845) e Manaus (3,339). Observou-se um padrão de crescimento da incidência, mortalidade e letalidade em todas as capitais brasileiras, no final de 2021 até fevereiro de 2022, período que compreendeu as férias, feriados e festividades. Conclusão: A desigualdade social foi algo muito presente na pandemia, pois as regiões mais atingidas foram aquelas onde as desigualdades sociais são extremamente presentes. Com a exposição e análise dos indicadores epidemiológicos ao longo dos dois primeiros anos da pandemia por COVID-19, espera-se contribuir de forma direta para analisar o comportamento do vírus nas regiões brasileiras.