Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
POLITICA DE SAÚDE DO HOMEM COMO FORMA DE ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Relatoria:
FRANCISCA EVANGELISTA ALVES FEITOSA
Autores:
- Maiara Bezerra Dantas
- Bruna Erilania Vieira de Sousa
- Liana Ingrid Cândido Ferreira
- Patrícia Pereira Tavares Alcântara
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A violência contra a mulher configura-se como um fenômeno instituído a partir da desigualdade gênero, onde o poder masculino prevalece nas relações. No Brasil, devido a sua alta prevalência, representa um problema prioritários de saúde pública, sendo amplamente discutidas intervenções preventivas que focalizam nos seus determinantes, porém raramente discutem-se práticas de intervenção junto aos homens que a perpetraram. O estudo propôs analisar a política de saúde do homem como meio de enfrentamento a violência contra a mulher. Trata-se de um estudo de revisão narrativa. A coleta de dados foi realizada entre os meses de março a maio de 2022, utilizando os descritores: “violência contra mulher” AND masculinidade AND “política pública”, e se deu através da Biblioteca Virtual em Saúde e do google acadêmico. Não foi estabelecido recorte temporal devido a restrição na abordagem dessa temática. A análise contemplou 15 estudos. De acordo com os dados analisados percebeu-se que a violência contra a mulher é relatada pela maioria dos agressores como sendo algo do cotidiano conjugal, os homens a justificam através de diversos fatores que desencadeiam essa atitude, tais como: fatores sociais, familiares, pessoais e políticos. Os achados apontam que os homens enxergam a Lei Maria da Penha como desnecessária, assim como alegam não ter conhecimento de que agredir a mulher seja crime. Acrescenta-se ainda o agir sem pensar como outra causa do ato violento, onde o mesmo usa a reação impulsiva como um argumento defensor de sua ação. Logo, faz-se imprescindível incluir o homem nessas discussões a partir da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. É necessário que a política amplie a visão da saúde do homem para além de ações voltadas para os aspectos biológicos adoecimento. Torna-se essencial ultrapassar essa visão reducionista, e trazer outras abordagens que trazem repercussões na vida e na saúde do homem. E nessa perspectiva, envolver os homens como atores e colaboradores no enfrentamento da violência, possibilitando que se tornem protagonistas dos processos de cuidado familiar. Com isso, faz-se necessário a construção de estudos que ampliem a discussão acerca o papel das políticas públicas de enfrentamento da violência contra a mulher frente os agressores.