INTRODUÇÃO: Com o aumento do número de pessoas idosas ocorre também o surgimento dos problemas de saúde derivados das doenças crônicas não transmissíveis, o que pode levar à necessidade de cuidados paliativos. Sabe-se que a maioria dos cuidados paliativos ofertados ao paciente, no Brasil, é realizado pelos familiares e esses costumam apresentar um aumento de sobrecarga física, emocional e social. Nesse sentido, cabe destacar a atuação da equipe multiprofissional para atender as demandas de cuidado tanto do paciente quanto da família que vivencia o processo de doença. OBJETIVO: conhecer os cuidados paliativos prestados às pessoas idosas com câncer, vinculadas a um serviço de atenção domiciliar de um hospital universitário da região sul do Rio Grande do Sul. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo com abordagem qualitativa realizado no Programa de Internação Domiciliar vinculado ao Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas. Participaram do estudo profissionais atuantes no referido programa. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada entre os meses de setembro a novembro de 2019. Utilizou-se para análise de dados a técnica de análise textual discursiva. RESULTADOS: Participaram 13 profissionais de saúde, com idade compreendida entre 33 anos a 59 anos. Emergiram as seguintes categorias: “Concepção de cuidados paliativos à pessoa idosa”, onde foi possível identificar que o objetivo das intervenções realizadas é proporcionar qualidade de morte; na categoria “Promovendo conforto e qualidade de vida à pessoa idosa em final de vida” os profissionais da saúde enfatizaram o atendimento das necessidades físicas, emocionais, sociais e espirituais da pessoa idosa e da família e na categoria “Dificuldades da equipe multiprofissional na prática de cuidados paliativos”, a principal dificuldade relatada foi a inserção profissional nesta modalidade de cuidado. CONCLUSÃO: Constatou-se a importância da rede de apoio para os cuidadores familiares de modo a evitar a sobrecarga e, consequentemente, comprometimento da sua saúde. Evidenciou-se a importância da vivência dos profissionais com pacientes e familiares, promovendo o vínculo e a qualidade da assistência por meio dos cuidados realizados. Esses implementados, muitas vezes, com base na vivência do cuidado e do contexto onde é realizado.