O surto atual de uma síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada pelo novo tipo de coronavírus, o Sars-Cov-2, veio de maneira paulatina crescendo até chegar ao patamar de ser declarado uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde. Entre os maiores avanços observados na área da saúde, a imunização vem ocupando um espaço de destaque em todo o mundo. O desenvolvimento da ciência, microbiologia, farmacologia e da imunologia tem se somado aos estudos de epidemiologia e sociologia, evidenciando o grande impacto que as vacinas têm na sociedade atual, sendo, portanto, um dos principais coeficientes de promoção de saúde e prevenção de doenças. Dessa forma, se objetivou entender as bases da imunização cruzada e sua aplicabilidade na vacinação contra a covid-19 diante do uso de imunizantes diferentes a cada dose aplicada. Trata-se de um estudo descritivo do tipo bibliográfico. O estudo foi realizado para fins de disseminação dos conhecimentos acerca da imunização a partir do uso de vacinas com tecnologias diferentes. Os resultados obtidos partiram da coleta de informação realizada mediante cumprimento de cinco etapas: delineamento da pesquisa; desenho da pesquisa; preparação e coleta dos dados; análise dos casos e entre os casos; e elaboração dos relatórios. Após vistoria de dados e realização metodológica do estudo, os resultados indicam que o uso combinado de imunizantes diferentes provoca um aumento significativo na resposta imunológica do organismo. De acordo com o imunologista Daniel Youssef Bargieri, coordenador do Núcleo de Pesquisas em Vacinas da Universidade de São Paulo (USP), por agirem de formas diferentes no organismo, vacinas desenvolvidas com tecnologias distintas atuam de forma complementar no combate a agentes infecciosos. Diante dos fatos, conclui-se que a adoção de esquemas vacinais combinando tecnologias de produção de imunobiológicos diferentes possibilita a obtenção de um número maior de células de proteção.