Introdução: A violência ocorre em inúmeros ambientes, principalmente, no âmbito familiar, no qual as mulheres deveriam sentir-se seguras e onde as relações estão fragilizadas e afetadas. Durante a pandemia da COVID-19, as mulheres que sofrem violência doméstica por parceiro íntimo ficaram mais vulneráveis e ocorreu aumento de casos de violência. Objetivo: Identificar as publicações científicas acerca das tecnologias relacionadas à violência contra a mulher publicadas no período de 2011 a 2021. Metodologia: Trata-se de revisão integrativa da literatura e utilizou a questão PICo: “Que tecnologias relacionadas à violência contra a mulher foram publicadas no período de 2011 a 2021?”. Resultados: Todos os oito estudos apresentaram tecnologias leveduras de saúde e, quatro destes artigos tiveram como eixo as tecnologias leveduras de caráter digital. Os artigos abordaram o processo de desenvolvimento e design dos aplicativos; utilização de um infográfico; triagem para identificar situações de Violência por parceiros íntimos; sinais de alerta e planejamento de segurança, divulgação, prevenção, empoderamento e apoio à saúde da mulher. Em relação ao nível de evidência científica identificou-se um estudo no nível 1 (meta-análise), dois no nível 3 (quase-experimental), quatro no nível 4 (Qualitativos) e um no nível 5 (Relato de experiência). Discussão: A tecnologia levedura possibilita a prestação de um cuidado estruturado e voltado às necessidades de cada cliente. A visita domiciliar realizada pela enfermagem, na perspectiva de uma tecnologia levedura evidenciou aspectos negativos como a presença do agressor, ausência de privacidade, possibilidade de não encontrar a mulher em casa e pouco tempo para atuação efetiva e aspectos positivos como detecção da violência de maneira cautelosa, os hábitos da família, observação do ambiente, cultura e estabelecimento de maior relação de confiança entre a mulher e o profissional. Conclusão: O estudo atendeu ao objetivo. A utilização de tecnologias auxilia as mulheres vítimas de violência, os profissionais de saúde em seu atendimento e até homens que cometeram a violência. Possibilita instruir a mulher na realização de denúncias de forma segura, auxilia profissionais na educação em saúde, ajuda no empoderamento da vítima desamparada e contribui com o atendimento dos profissionais de saúde.