Introdução: As queimaduras são lesões provocadas pelo contato direto com alguma fonte de calor ou frio, produtos químicos, entre outros. No Brasil, as queimaduras são consideradas um importante problema de saúde publica, sendo responsável por alto índices de mortes, além de sequelas físicas e psicológicas nas vítimas. Além de onerar significativamente os serviços de saúde. A pele da tilápia é considerada um biomaterial utilizado na regeneração de queimaduras, pois é resistente à tração e compressão, sendo utilizada como curativo biológico para queimaduras graças à presença de colágeno que orienta e define a maioria dos tecidos. Auxilia também no controlar da dor, pois se liga à derme, selando suas terminações nervosas. Objetivo: Descrever a eficácia na utilização da pele de tilápia na recuperação tecidual causada por queimadura de segundo grau. Materiais e métodos: Revisão integrativa da literatura, com buscas dos dados realizada nas bases eletrônicas de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura latino-Americana e do Caribe em Ciência da Saúde (LILACS) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior (CAPES). Foram utilizados os seguintes descritores em saúde DECS: Tilapia skin; Burn and Tissue, empregado os operadores booleanos AND e OR. Foram incluídos artigos originais completos, publicados nos últimos 7 anos, nos idiomas português e inglês, e excluído artigos duplicados com acesso restrito e que não atendiam ao objetivo do estudo. Resultados: Foram encontrados 65 artigos, na qual 30,77% é da BVS, 30,77% da LILACS e 38,46% da CAPES. Após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, a amostra final foi composta por 6 artigos. Dentre os artigos selecionados, foi elencado o tempo de recuperação tecidual com a utilização da pele da tilápia, não sendo necessário a troca diária, por isso mostrando-se mais eficaz que pomadas e cremes, pois essas precisam ser trocadas diariamente, provocando dor ao paciente. A pele de tilápia, promove uma cicatrização mais rápida de queimaduras, pois o colágeno presente interage com a ferida, corroborando com o processo de cicatrização. Conclusão: Conclui-se que, o tratamento com a pele de tilápia, tem sido eficaz devido à sua capacidade de ocluir a lesão, diminuir exsudatos e a formação de crostas. Além disso, essa terapêutica tende a reduzir a dor e o sofrimento do paciente, uma vez que se trata de um curativo único não existindo a necessidade da troca, com isso reduzindo também o custo do tratamento.