Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
COVID-19: Paramentação como um desafio para a enfermagem
Relatoria:
Jordana da Silva Souza
Autores:
- Jocelly de Araújo Ferreira
- Wilma Tatiane freire Vasconcelos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A pandemia provocada pela COVID-19 se tornou um desafio para a saúde pública em todo o mundo, ao levar instituições de saúde ao colapso e milhares de pessoas a morte. Diante desse cenário catastrófico, destaca-se a categoria profissional que esteve na linha de frente, nos cuidados diretos aos pacientes com COVID-19, a Enfermagem. Desta maneira, torna-se importante investigar as experiências vivenciadas por esses profissionais durante a assistência a esses pacientes. OBJETIVOS: Investigar o conhecimento dos enfermeiros que atuaram em UTI, sobre a nova demanda de procedimentos intensivos ao paciente COVID-19. MÉTODO: Trata-se de um recorte de um estudo qualitativo, do tipo transversal, desenvolvido com oito (08) enfermeiros que prestaram assistência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) COVID-19 de um hospital universitário na capital paraibana. A coleta dos dados empíricos ocorreu por meio de uma entrevista semi-estruturada guiada por um instrumento e auxiliado por um diário de campo, no período de janeiro à abril de 2022. A análise dos dados adotou a técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. RESULTADOS: Ao investigar o conhecimento dos enfermeiros sobre os procedimentos e cuidados aos pacientes com COVID-19 na UTI, foi possível identificar que a paramentação emergiu como um fator dificultador para a comunicação entre a equipe, como o participante: “[...] então, a gente tinha uma grande dificuldade de se comunicar com as pessoas, de conhecer as pessoas dentro da UTI, né?”. Todavia, acrescenta-se que, esta dificuldade não permaneceu como um fator limitante, uma vez que, os profissionais se adaptaram a essa realidade vigente, ao estabelecerem uma nova medida para a identificação dos profissionais, através do registro de seus nomes nos equipamentos de proteção individual, de acordo com o relato exposto: “[...] tanto que a gente colocava o nome no capote, né? para poder as pessoas saberem quem era a gente, no face shield [...]”. CONCLUSÃO: O estudo trás contribuições ao evidenciar as dificuldades de comunicação vivenciadas pelos enfermeiros nas UTIs, durante o período mais desafiador do século, auxiliando na formulação de estratégias que facilitem esse processo de comunicação entre a equipe e proporcionem melhores condições de trabalho, minimizando os riscos de contaminação pelo vírus.