INTRODUÇÃO: Em dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre casos de pneumonia de uma cepa de coronavírus que ainda não tinha infectado humanos. Em 2020, foi declarado Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) pela OMS que logo em seguida declarou a situação como pandêmica. Foram adotadas medidas de prevenção para o controle da disseminação do vírus. O surto de Covid-19 fez com que houvesse mudanças no contexto social e, consequentemente, nos serviços de saúde. Nesse contexto, as ferramentas tecnológicas foram instrumentos que auxiliaram os profissionais de enfermagem na assistência à população. OBJETIVO: relatar a utilização e as formas de contribuição das ferramentas tecnológicas pela enfermagem para o enfrentamento da pandemia de covid-19. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura nas bases de dados PUBMED, Scielo e LILACS, usando os descritores tecnologia, pandemia e enfermagem. Foi utilizado com critério de inclusão, artigos que estivessem disponíveis integralmente no idioma português nos últimos dois anos. Exclui-se artigos que debatem a temática da pandemia não relacionado com o uso de tecnologias pela enfermagem. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os estudos demonstraram a versatilidade da equipe de enfermagem em relação às formas de prestar assistência. Dentre as ferramentas, enfermeiras obstétricas e acadêmicos de enfermagem utilizaram grupos de WhatsApp com grávidas, a fim de sanar dúvidas do período gravídico e sobre sinais e sintomas da Covid-19. Atendimentos por via telefônica disponibilizavam atendimento psicológico, tendo a enfermagem papel importante na triagem dos pacientes que necessitavam de acolhimento psicológico. Percebeu-se o emprego da cientificidade de teorias de enfermagem, como a de Callista Roy e Chick-Meleis, permitindo que os profissionais de enfermagem pudessem prestar cuidados de saúde de forma expandida. CONCLUSÃO: A utilização de ferramentas tecnológicas na assistência durante o momento pandêmico, evidencia que a modalidade de assistência não presencial pode se tornar recorrente e se mostra como um meio de apoio para os profissionais de saúde, visto sua serventia no cotidiano. Este modelo de atendimento pode ser utilizado nos serviços de saúde pública, aliando-o aos serviços de saúde locais, minimizando os déficits de assistência que algumas regiões do país enfrentam.