Introdução: A Violência Doméstica Contra Mulher (VDCM), embora por vezes silenciada, é uma realidade recorrente na vida das mulheres e nos serviços de saúde. Nesse cenário as equipes da Estratégia Saúde da Família, em primordial os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), são atores fundamentais no combate e enfrentamento desse fenômeno. Objetivo: Compreender como os ACS podem contribuir para o enfrentamento frente à Violência Doméstica Contra a Mulher. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada em junho de 2022, a qual teve como questão norteadora: Como os ACS podem contribuir para o combate e enfrentamento da violência doméstica contra a mulher? A busca de estudos ocorrou através do Portal Regional da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e do portal de periódicos Scientific Eletronic Library Online (SciELO) utilizando os descritores do Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “violência contra a mulher”; “agentes comunitários de saúde” e "estratégia saúde da família”, com o auxílio do operador booleano AND. Como critério de inclusão, aceitaram-se artigos publicados nos últimos cinco anos, nos idiomas português, inglês e espanhol que abrangeram o tema escolhido. Foram excluídos artigos repetidos, teses ou outros tipos de documentos e estudos que não contemplassem a questão norteadora. Inicialmente, recuperou-se 21 artigos, realizando a leitura flutuante de títulos e resumos e, logo após leitura aprofundada, foram selecionados três artigos que atendessem o objetivo proposto. Resultado: Sob a perspectiva de que a proximidade entre profissionais e a mulher tende a facilitar o relato do problema, os ACS desempenham papel significativo no processo de combate e prevenção da VCDM. Nesse contexto, assistem as famílias de forma mais direta em seus domicílios e atuam na comunidade a qual pertencem, possibilitando a detecção de casos e a ação humanizada, solidariedade, reconhecimento das necessidades dessas mulheres assumindo uma posição de acolhimento e, juntamente com sua equipe Saúde da Família, garantem o diálogo e a escuta qualificada, bem como o fornecimento das informações adequadas sobre seus direitos e prestação dos devidos encaminhamento. Conclusão: Depreende-se, dessa maneira, que a abordagem de ACS em episódios de mulheres em situação de violência é muito mais do que coparticipativa, estes profissionais são atores fundamentais na prestação e manutenção dos cuidados a estas mulheres.