Introdução: A baixa procura pelos serviços de saúde por pacientes homens e a percepção dos profissionais da saúde sobre a perspectiva de gênero e cuidado, com priorização das pacientes mulheres, contribui para o pouco aprofundamento da temática por pesquisadores e profissionais, com repercussões nas práticas de acolhimento e assistência de Enfermagem. Objetivo: Ampliar o conhecimento sobre os impactos da hipertensão, diabetes e câncer na saúde dos homens, bem como, problematizar sobre novos modelos de assistência de Enfermagem que possam atender as demandas de saúde do grupo estudado. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com pesquisa realizada na base de dados LILACS, utilizando descritores da DeCS: Saúde do homem, Cuidados de Enfermagem e Comportamento de risco à saúde. Critérios de inclusão: Foram selecionados 14 artigos originais, no idioma português, publicados entre 2016 e 2022, que abordam a temática e contribuem para o fortalecimento das teorias de Enfermagem. Resultados: Observou-se que o risco para o desenvolvimento ou agravamento de doenças cardiovasculares aumentou com a idade e foi elevado na população com baixa escolaridade, sendo que associou-se como risco a hipertensão em homens, a idade acima de 40 anos, cor da pele preta e renda familiar menor ou igual a 3 salários mínimos, além de histórico de tabagismo e álcool, consumo de sal, inatividade física, sobrepeso e obesidade. Para diabetes observou-se a prevalência do pé diabético em homens com histórico de tabagismo e sobrepeso. Em relação ao câncer, destaca-se o aumento de câncer bucal entre homens, em especial com histórico de ingestão de álcool e o uso de cigarro e ainda, o aumento da mortalidade de homens com câncer de mama, consequência da falta de informação e a não realização do auto exame das mamas pelos homens. Por fim, no estudo realizado com profissionais da Enfermagem, constatou-se que os discursos dos profissionais de saúde se encontram atravessados por estereótipos de gênero e pelo não reconhecimento dos homens como sujeitos das políticas de saúde e ações assistenciais. Conclusão: Portanto, se faz necessário o desenvolvimento de novas estratégias e tecnologias sociais para a implementação e fortalecimento da Política Pública de Saúde do Homem, em especial para o acolhimento e a assistência de Enfermagem.