Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
EPIDEMIOLOGIA DOS PACIENTES EM TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL DE EMERGÊNCIA EM ACIDENTES E VIOLÊNCIAS
Relatoria:
Angela Roberta do Nascimento Silva
Autores:
- LUCIENE MIRANDA DE ANDRADE
- IRANDI DE SOUSA MARQUES
- LEIDIANE MATIAS DE LIMA PINHEIRO
- EVELINY MARTINS LIMA
- STELA ANDRADE DA SILVA
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A assistência aos pacientes em situações de riscos na sua estabilidade fisiológica, é uma preocupação por parte dos profissionais de saúde, dentre estes destacamos o enfermeiro, com sua assistência voltada para o cuidar de forma holística. Entende-se que a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é destinada à vigilância contínua de pacientes potencialmente graves ou com instabilidades sistêmicas, e que com o suporte e tratamento intensivos tenham possibilidade de se recuperar. Objetivo: Investigar o perfil epidemiológico dos pacientes admitidos em uma UTI de um hospital referência no atendimento em acidentes e violências. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, desenvolvido em um hospital municipal, referência às causas externas (acidentes e violências), no Estado do Ceará. A população foi constituída pelos pacientes admitidos na UTI no ano de 2019, tendo como amostra 597 pacientes. Os dados foram coletados a partir do livro de registros do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NUHEPI), após aprovação do estudo pelo Comitê de Ética em Pesquisas da instituição. Resultados: Nos resultados encontramos que a maioria dos pacientes pertence ao sexo masculino (443 - 74,2%), nas faixas etárias de 20 a 29 anos (95 – 15,9%) e 10 a 19 (94 – 15,7%) e de cor parda (568 - 95,1%). O motivo de internamento hospitalar foi por acidente de motocicleta (160 - 26,8%), no domingo (125 - 20,9%) e foi admitido entre 18 às 24h (217 - 36,3%). As vítimas eram residentes em cidades no interior do Estado do Ceará (352 - 59%) e sofreram trauma craniano (208 - 34,8%). Dentre os motivos de indicação de UTI destacam-se os trauma cranianos graves (282 - 47,2%), permaneceram na UTI de oito a 15 dias (165 - 27,6%), e saíram de alta por transferência interna (442 - 74%). Necessitaram estar hospitalizados por mais de 30 dias (296 - 49,6%) e saíram por alta melhorada (369 - 61,8%), ou seja, em processo de recuperação. Conclusões: Medidas preventivas e Políticas Públicas mais intensificadas em prol a redução dos acidentes e violências, podem alterar favoravelmente as estatísticas ora existentes e evitar as altas taxas de danos causados pelos mais diversos agravos. Nós profissionais da saúde devemos participar ativamente neste processo de promoção da saúde, seja por medidas educativas para prevenção e controle destes agravos, com o também no processo de recuperação e reintegração dos indivíduos à sociedade.