Introdução: Os acidentes de transporte vem se destacando entre as causas externas por seu envolvimento em uma população jovem e em idade produtiva. Dentre estas ocorrências destaca-se os acidente de motocicleta, onde as vítimas encontram-se mais expostas e vulneráveis. Objetivo: Investigar o perfil epidemiológico dos pacientes admitidos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em decorrência de acidente de motocicleta. Métodos: Trata-se de estudo epidemiológico descritivo de corte transversal realizado com pacientes internados na UTI de um hospital de emergências. Utilizou-se como instrumento de coleta das informações o Livro de Controle de Pacientes admitidos nas unidades de Terapia Intensiva do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NUHEPI). A amostra foi constituída por 160 pacientes vítimas de acidente de motocicleta que necessitaram de internamento em UTI no ano de 2019. Os dados foram transcritos para planilha do Excel e analisados pelo EpiInfo e apresentados sob a forma de tabelas, sendo respeitados os aspectos éticos segundo a Resolução 466/12. Resultados: A maioria do grupo pertence ao sexo masculino (126 - 78,8%), na faixa etária entre 20 a 29 anos (51 - 31,9%), raça parda (152 - 95%). A ocorrência se deu no domingo (46 - 28,8%), sendo admitido no horário entre 18 às 24h (55 - 34,4%). Residente em cidades no interior do estado do Ceará (128 - 80%), sofreu trauma craniano (77 - 48,1%) e politraumatismos (73 - 45,6%). Foi encaminhado a UTI por trauma craniano grave (111 - 69,4%), permanecendo internado na UTI entre oito a 15 dias (61 - 38,1%) e saiu por transferência interna (129 - 80,6%). Permaneceram hospitalizadas por mais de 30 dias (97 - 60,6%) e saíram de alta hospitalar por melhora clínica (116 - 72,5%), no entanto, 35 (21,9%) evoluiu a óbito. Conclusão: Se faz necessária a intensificação de campanhas voltadas à prevenção de acidentes de transporte, com destaque para os de motocicleta, que são acompanhados por altos índices de morbimortalidade. Necessitamos incluir nas escolas desde as séries iniciais até às universidades discussões sobre estas ocorrências e como poderemos reduzir estes números.