Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
CAUSAS EXTERNAS: EPIDEMIOLOGIA DOS PACIENTES EM UTI DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA
Relatoria:
LUCIENE MIRANDA DE ANDRADE
Autores:
- ANGELA ROBERTA DO NASCIMENTO SILVA
- IRANDI DE SOUSA MARQUES
- LEIDIANE MATIAS DE LIMA PINHEIRO
- EVELINY MARTINS LIMA
- FRANCY MARY MIRANDA DE ANDRADE
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Os acidentes e violências configuram um sério problema de saúde pública em nossa sociedade pois vem repercutindo de maneira drástica no tempo de vida produtiva em nossa população devido ao fato de envolverem em sua maioria pessoas em faixa etária jovem. Objetivo: Analisar as ocorrências relacionadas a causas externas em pacientes admitidos em Unidade de terapia Intensiva – UTI. Métodos: Trata-se de estudo epidemiológico, exploratório e descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvido em um hospital de emergências referência estadual no atendimento às causas externas, situado na cidade de Fortaleza – CE. A população/amostra foi composta por 542 pacientes vítimas de causas externas que necessitaram de suporte intensivo. A coleta de dados foi realizada a partir do livro de registro do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia, de pacientes admitidos na UTI no ano de 2019. As variáveis foram transcritas para Excel e analisadas pelo EpiInfo, ressalta-se que foram respeitados os aspectos éticos segundo resolução 466/12. Resultados: A maioria das vítimas pertence ao sexo masculino (413 - 76,2%), na faixa etária entre 20 a 29 anos (90 - 16,6%), raça parda (514 - 94,8%), o motivo de hospitalização foi acidente de motocicleta (160 - 29,5%) seguido por queda (90 - 16,6%). Admitido no domingo (119 - 22%), no horário entre 18 às 24h (206 - 38%), sendo residente no interior do estado do Ceará (323 - 59,6%). Sofreu trauma craniano (204 - 37,6%), tendo como motivo para internamento em UTI o trauma craniano grave (280 - 51,7%), ficando hospitalizado na UTI por período entre oito a 15 dias (155 - 28,6%) e saindo por transferência interna (402 - 74,2%), no entanto 132 (24,4%) evoluíram a óbito. O tempo de hospitalização foi maior de 30 dias (279 - 51,5%) e tiveram alta hospitalar por melhora clínica (339 - 62,5%). Conclusões: Os resultados reforçam a necessidade de intensificação de estratégias de Promoção da Saúde direcionadas ao controle e redução de ocorrências relacionadas às causas externas (acidentes/violências), visto que estas ocorrências atingem uma população jovem e em alto teor produtivo.