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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA COVID-19 PARA UM GRUPO DE MULHERES RESIDENTES DO RIO DE JANEIRO.
Relatoria:
Camila Laporte Almeida de Souza
Autores:
  • Denize Cristina Oliveira
  • Renata Larcerda Marques Stefaisk
  • Sérgio Corrêa Marques
  • Henrique Francisco de Sena
  • Michel dos Santos Casado de Lima
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
Introdução: As mulheres constituem um grupo de alta vulnerabilidade social, profundamente impactado pela pandemia de COVID-19. A questão de gênero, no contexto pandêmico, deve ser levada em consideração ao analisar os impactos sociais advindos da doença, dentre os quais destacam-se o aumento da violência doméstica, sobrecarga de trabalho, maior demanda de cuidado com os filhos e maiores taxas de desemprego. Objetivos: O estudo tem como objetivo compreender a representação social da COVID-19 para as mulheres. Método: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo e observacional, apoiado da Teoria das Representações Sociais. Definiu-se como população mulheres acima de 18 anos. Foram coletadas 70 entrevistas com questionário de dados socioeconômicos e evocações livre de palavras ao termo indutor “COVID-19”. A análise ocorreu com o uso do EXCEL e com software EVOC 2005. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e aprovado sob parecer número 4.847.711. Resultados: Das 70 participantes do estudo, 41,43% possuem faixa etária <= 29 anos, 50% declaram possuir ensino médio completo ou superior incompleto, 30% atuam no ramo de trabalho informal ou serviços; 27,14% são estudantes, 31,43% são evangélicas ou protestantes e 30% católicas, na opção política 45,71% são de esquerda ou centro esquerda e 42,86% alegam não ter orientação política. Após análise do quadro de quatro casas tem-se no núcleo central os cognemas: doença, medo, morte e tristeza demonstrando a dimensão de reconhecimento da COVID-19 como doença corroborado pela zona de contraste pelas palavras: pandemia, vacina e vírus, e uma dimensão afetivo-atitudinal reforçado pela segunda periferia com os cognemas: angústia e ansiedade e na zona de contraste com a evocação desespero, constando os sentimentos negativos relacionados ao termo indutor. Já no sistema periférico aparecem as evocações: isolamento, angústia, ansiedade, cuidado, família e máscara, observa-se uma dimensão biomédica e de prevenção, além de uma dimensão relacional com o cognema família. Conclusão: Para o grupo estudado, salienta-se a percepção negativa da COVID-19, associada à morte e aos sentimentos dela derivados como estruturantes da representação, além da assimilação da autoproteção ainda em processo de incorporação à representação. Destacam-se a família e o cuidado como elementos complementares à representação, destacando a importância dessas dimensões para das mulheres.