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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
A REINTEGRAÇÃO SOCIAL COMO INSTRUMENTO DE CUIDADO EM SAÚDE MENTAL
Relatoria:
Amanda Monteiro Veloso
Autores:
  • Leonardo de Paula Vieira Martinez
  • Alissa Yuki Ueda
  • Monique Pantoja Fonseca
  • Raissa Millena Silva Florencio
  • Aline Macêdo de Queiroz
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: Os Centros de Convivência e Cultura (CCC) integram a Atenção Primária em Saúde (APS) da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), e são espaços no território com ações que visam a sociabilidade, produção e intervenção na cultura e na cidade, com ampla participação social. A vivência nesses locais seria a vertente sociocultural da desinstitucionalização promulgada na Lei 10.216/2001, que tem como cerne a reinserção da pessoa em sofrimento mental na comunidade como um relevante instrumento para o cuidado em liberdade ofertado pela Enfermagem, desligando-se da concepção de que esses sujeitos devem ser excluídos da coletividade. Objetivo: Relatar a experiência de discentes de Enfermagem na reintegração social de pessoas em sofrimento mental. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência com o intuito de reportar, de maneira criteriosa e ponderada, a vivência dos discentes na Atividade Curricular Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria. Resultados: A experiência ocorreu no mês de Junho de 2022, no Espaço Cultural Memorial dos Povos, que é um CCC localizado na cidade de Belém - Pará, e ressaltou a importância do momento para romper o elo construído entre o paciente de saúde mental e a incapacidade, pois permitiu a inclusão social dos usuários da RAPS com a comunidade, através da interação entre todos os frequentadores do espaço, ultrapassando o pré-conceito. As ações artísticas, com extensões em práticas terapêuticas, como a dança circular, potencializou a ressocialização pois incentiva a respeitar, aceitar e honrar as diversidades, e concede a participação comunitária de maneira horizontal entre todos envolvidos, sendo um ponto de coexistência e de lazer, importante, principalmente, para a assistência prestada à pessoa em sofrimento mental, reafirmando-a como ser dotado de liberdade e cidadania, o qual não deve ser deixado à margem da sociedade. Conclusão: A consolidação de espaços de convivência que promovam alicerces na validação do cuidado em liberdade viabilizam o êxito da reforma psiquiátrica, sendo uma ferramenta para suprimir o estigma e preconceito estabelecidos historicamente. Na qualidade de acadêmicos, evidenciamos que o desafio para a Enfermagem, como atuante no campo da saúde mental, é oportunizar vivências que contribuam de maneira positiva na esfera do cuidado.