INTRODUÇÃO: A Residência Multiprofissional em Saúde (RMS) é uma especialização teórico-prática nas quais os profissionais que passam por tal processo formativo aprendem atuando diretamente no território, isso acaba por formá-los com mais senso crítico, trazendo experiências exitosas para a população além de benefícios a curto, médio e longo prazo. Além de ser um avanço para transmutação do modelo assistencial medicalocêntrico, traz consigo novas propostas para as práticas em saúde apesar das dificuldades que os discentes enfrentam em seu período formativo e os diversos anseios que perpassam o contexto no qual estão inseridos (CARNEIRO, TEIXEIRA e PEDROSA, 2021). OBJETIVO: Relatar como a RMS contribui de forma significativa em seus territórios de inserção e quão importante é a valorização da atuação multiprofissional. METODOLOGIA: Relato de experiência realizado por diferentes categorias profissionais que atuam conjuntamente em uma UBS no município de Iguatu-CE no período de março de 2021 a junho de 2022. RESULTADOS: Foi percebido que a conjuntura interprofissional que compõe a RMS do município na ênfase de Saúde da Família e Comunidade tem boa interação com o território, tendo sido o primeiro contato realizado a partir de um processo de territorialização executado, conhecendo as peculiaridades e necessidades ali contidas. Diante disso, os usuários passaram a reconhecer os diferentes trabalhadores e serviços que poderiam ter acesso dentro da unidade de saúde, havendo assim uma valorização da equipe e reconhecimento da importância destes. Devido a unidade contemplar três territórios distintos é perceptível a diferença populacional e as diversas necessidades, onde apesar disso a busca incessante pelo profissional médico nas mais diversas especialidades perpassa todos os contextos. CONCLUSÃO: Destarte, o programa de residência vêm para agregar com os saberes das várias ocupações laborais que fazem parte deste, através de assistências tanto individuais como também a possibilidade de interconsultas e visitas compartilhadas as quais se contrapõem ao modelo de atendimento centrado apenas no indivíduo doente e valorizando os princípios da clínica ampliada, dessa forma, respeitando a autonomia do sujeito nas tomadas de decisões.