Introdução: O conceito de mortes por causas evitáveis trata-se de um agravo em saúde que leva o indivíduo ao óbito, que poderia ter sido evitado, ou seja, prevenido por meio da atuação eficaz dos serviços de saúde. No entanto, nem sempre o sistema consegue suprir as necessidades e garantir intervenções apropriadas, o que acentua complicações. Objetivo: Comparar o quantitativo de óbitos por causas evitáveis em menores de cinco anos nas regiões brasileiras entre os anos de 1996 a 2020. Metodologia: trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, cujos dados foram coletados no DATASUS, no Sistema de Informação sobre Mortalidade. Foram coletados dados referentes a todo universo temporal disponível (1996 a 2020) dos óbitos por causas evitáveis em indivíduos de 0 a 04 anos. Após a coleta, os dados foram exportados para o programa Microsoft Excel, versão 2010 e analisados conforme sua frequência relativa e comparados dentre as regiões brasileiras. Resultados: Dos anos observados, houve um declínio na taxa total de mortalidade de 1996 a 1997 e um aumento circunstancial no ano de 1998 com um acréscimo de 742 mortes se comparado com o ano anterior, e, uma acentuada diminuição entre 1999 e 2020. Quanto à distribuição espacial, a região com o maior índice de mortalidade é a região Sudeste com 35,81% do total das mortes por causas evitáveis entre 1996 a 2020, seguida pela região Nordeste com 33,82 % dos óbitos, no mesmo período. Em contrapartida, a Região Centro-Oeste representa 7,3% dos casos. Da faixa etária pesquisada, considerando indivíduos menores de 5 anos, o maior índice de mortalidade é de recém-nascidos de 0 a 6 dias de vida, que representa 43,63% do total. Conclusão: É notória a diminuição das taxas de óbitos por causas evitáveis em menores de 05 anos nas últimas décadas. Isso mostra o avanço gradual da abrangência e resolutividade dos serviços de saúde, além da melhoria dos determinantes sociais. No entanto, ainda existe uma grande disparidade quanto aos índices entre as regiões brasileiras, o que faz refletir o quão heterogêneo é o acesso à promoção, prevenção e proteção à saúde. Assim, se faz necessário estimular o desenvolvimento de estudos que visem analisar as vulnerabilidades regionais, como também identificar as causas de óbitos atuais, a fim de garantir a continuidade na redução da mortalidade infantil.