INTRODUÇÃO: A punção venosa periférica constitui uma das intervenções frequentemente executadas em pacientes hospitalizados. Para sua execução, é necessário o desenvolvimento de competência clínica e habilidade técnica dos profissionais de enfermagem. Dependendo da gravidade do paciente, esse procedimento pode se tornar mais complexo pela rede venosa frágil. A introdução de novas abordagens tecnológicas, como a utilização da ultrassonografia (US) para guiar procedimentos de intervenção, pode proporcionar aumento do sucesso da técnica. Entretanto, para a utilização da US faz-se necessária capacitação profissional. OBJETIVO: Descrever uma estratégia educacional desenvolvida para capacitar enfermeiros na utilização da ultrassonografia para guiar a punção venosa periférica. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo de relato de experiência desenvolvido a partir da formação de um grupo de trabalho formado por enfermeiros para capacitação do uso da ultrassonografia na punção venosa periférica. O cenário foi um Hospital Universitário, público e federal, de alta complexidade, que se caracteriza em uma assistência a pacientes críticos aliado a uma educação continuada dos profissionais de saúde. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Para capacitação dos enfermeiros na utilização da ultrassonografia na punção periférica foi formado um grupo de trabalho composto por enfermeiros capacitados e enfermeiros de vários setores do hospital com interesse e habilidade nessa área. Realizou-se aulas teóricas e práticas, os temas abordados foram: princípios da física, as distintas formas dos transdutores e suas respectivas freqüências e profundidade das estruturas a serem avaliada, interpretação das imagens e a prática da punção venosa utilizando o ultrassom. Para realização das primeiras punções teve o acompanhamento de enfermeiros experientes e a habilidade foi sendo adquirida com a prática e a promoção de oportunidades de execução repetida do uso da tecnologia, a fim de que se possa promover a expertise do profissional. CONCLUSÕES: Concluimos que por meio da utilização da imagem é possível melhorar os resultados em relação à assertividade da punção intravenosa de vasos periféricos, pois possibilita escolher o tipo de cateter e o local adequado, reduzindo o número de tentativas de punção e de complicações, promovendo maior satisfação do paciente e da família. Além de ser inovação na prática do profissional de enfermagem, trazendo autonomia para o mesmo.