Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NO OUTUBRO ROSA EM UMA PENITENCIÁRIA DO NORDESTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Emile Rocha da Silva Paiva
Autores:
- BÁRBARA LÍVIA LIMA BARRA
- DIANA PAULA NOBRE FERNANDES
- MARIANA MAYARA MEDEIROS LOPES
- MARINA DE JESUS PAIVA
- MAGDA FABIANA DO AMARAL PEREIRA LIMA
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: Mulheres privadas de liberdade têm dificuldades quanto: ao acolhimento dos profissionais; ao ambiente insalubre com pouca ventilação; a superlotação, prejudicando o bem-estar e saúde das detentas. A Atenção Primária à Saúde (APS) envolve ações de prevenção, orientação e diagnóstico precoce de doenças. Nesse sentido, o "Outubro Rosa" incentiva ações educativas de rastreio precoce do câncer de mama. No sistema prisional feminino, investir na APS evita o atendimento ao público apenas nos casos avançados de cânceres de mama e colo de útero. OBJETIVO: Promover intervenções de educação em saúde com mulheres privadas de liberdade sobre: objetivo do outubro rosa; prevenção do câncer de mama e colo do útero; preservação da higiene pessoal. METODOLOGIA: As ações foram desenvolvidas no mês de outubro de 2021 na Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio, no município de Mossoró-RN, sob coordenação docente do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. 20 detentas (de faixa etária entre 21 e 42 anos) assistiram à explanação de discentes de enfermagem em sala de aula da própria unidade prisional, sobre: câncer de colo de útero e mama e seus impactos na saúde, bem como da relevância da prevenção através do exame Papanicolau e do autoexame das mamas; importância da manutenção da higiene pessoal geral e íntima. Houve a utilização de cartazes com gravuras informativas, além de moldes de seios para demonstrar o autoexame mamário. RESULTADOS: As detentas assistiram as explicações acerca das temáticas abordadas e tiraram várias dúvidas que foram surgindo no decorrer da ação. Além disso, as participantes puderam relatar vivências pessoais acerca da saúde feminina, tanto dentro, como fora da penitenciária, gerando um espaço de diálogo e de orientações de enfermagem. CONCLUSÃO: Pode-se inserir as mulheres privadas de liberdade em ações de promoção e educação em saúde. Assim, reduzir a distância entre a APS e as internas é importante para que se tornem protagonistas de sua saúde e a assistência prestada seja de qualidade. A parceria entre a saúde prisional com a universidade, coloca a academia próxima dos que estão à margem, promovendo condições de intervenção direta e de acordo com a realidade.