As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) são compartimentos hospitalares direcionados ao atendimento de indivíduos com necessidades clínicas, que precisam de intervenção contínua e procedimentos que necessitam de profissionais especializados na área da saúde. Os profissionais de enfermagem são responsáveis pelo acompanhamento constante dos pacientes internados em UTI, o que requer desses profissionais, compromisso e habilidades específicas para o melhor manejo e cuidado durante o período de internação, e estes em sua maioria, são os profissionais que mais executarão as tarefas rotineiras da unidade, desde o planejamento de cuidado, realização e auxílio em procedimentos, apoio e suporte emocional aos pacientes e familiares. O cotidiano da terapia intensiva necessita de concentração, raciocínio rápido e controle emocional, e todas essas necessidades clínicas levam sobrecarga ao profissional da enfermagem, deixando-o vulnerável para o desenvolvimento de transtornos, que podem prejudicar seu desempenho profissional, como a Síndrome de Burnout (SB). Diante desta problemática é necessário o questionamento de quais são as repercussões desta no cotidiano de profissionais de enfermagem atuantes em UTI. Assim, este estudo bibliográfico tem como meta extrair das literaturas selecionadas, as características relacionadas à SB e o trabalho dos profissionais de enfermagem atuantes em terapia intensiva. Com isto, mostrar quais evidências e provocar a reflexão acerca dos prejuízos decorrentes, além de buscar mostrar aos leitores a importância de se falar e combater este tipo de transtorno profissional. A metodologia usada no trabalho foi o estudo descritivo com abordagem qualitativa, aos moldes de uma revisão integrativa de literatura, sustentado a partir das questões norteadoras “Quais são as repercussões da SB no cotidiano de profissionais de enfermagem atuantes em unidades de terapia intensiva?” e “Quais os fatores e características predispõem o desenvolvimento da síndrome de burnout nas unidades de terapia intensiva?” A partir disso, foi perceptível ao analisar os resultados que ao longo da literatura a SB, caracterizada principalmente pela despersonalização e exaustão emocional, tem sido cada vez mais comum entre os profissionais de enfermagem que atuam em unidades de terapia intensiva, locais que demandam muito esforço físico e muitas horas seguidas de trabalho. Além da baixa remuneração financeira e condições inóspitas de exercer a profissão.