Introdução: A Terapia Nutricional faz parte do processo de cuidar durante a hospitalização de pacientes e, se não adequadamente administradas podem comprometer a evolução e recuperação da saúde. O enfermeiro é o responsável pela elaboração e padronização dos procedimentos de enfermagem, como a administração da dieta enteral atendendo aos dispositivos éticos e legais Objetivos: Conhecer a percepção dos Enfermeiros sobre as dificuldades para minimizar interrupções da dieta enteral. Métodos: Estudo transversal, qualitativo, realizado no período no primeiro semestre de 2020 com nove enfermeiros atuantes na Unidade de Terapia Intensiva Adulto de um hospital municipal público de São Paulo. Utilizou-se a questão norteadora: Quais são as dificuldades para minimizar as interrupções na infusão da nutrição enteral?” sendo interpretada pela análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Dos respondentes, houve predomínio do sexo feminino (89%), sendo a maioria dos 26 a 39 anos (44,%). O tempo de experiência profissional foi de 78,0% dos entrevistados na faixa dos 11 a 20 anos e a atuação no setor crítico predominou acima de 5 anos (89,0%). Após a análise das respostas foram criadas 06 categorias por núcleo de sentido, a saber: Conhecimento, Comunicação, Protocolo, Profissional médico, Complicações gastrointestinais e metabólicas e Pausa na infusão da dieta enteral. Os discursos revelaram falhas no processo do cuidado nutricional e o reconhecimento da importância de estratégias na minimização do jejum. Apontaram também na necessidade da implantação de um fluxo com atuação multiprofissional, com critérios para o melhor momento da pausa na administração da dieta enteral, além de importância de protocolos e treinamento institucional. Conclusão: Conclui-se que este estudo demonstrou fragilidades no processo da administração da dieta enteral e trouxe subsídios para justificar a necessidade de institucionalização da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional.