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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA À PESSOA COM FERIDA CIRÚRGICA COMPLICADA: UM ESTUDO DE CASO
Relatoria:
Sarah Emanuelle Matias Penha
Autores:
  • Fernanda Helen Gomes da Silva
  • Manoel Mateus Xavier do Nascimento
  • Maria Luiza Peixoto Brito
  • Luana Barros Duarte
  • Tays Pires Dantas
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Estudo de caso
Resumo:
INTRODUÇÃO: A ferida cirúrgica pode ser definida como uma incisão intencional realizada geralmente com um bisturi durante um procedimento cirúrgico, interrompendo a continuidade de um tecido e finalizada com aproximação por sutura. Apesar de ser uma ferida aguda, pode se tornar crônica na presença de complicações, especialmente infecções e deiscência. OBJETIVO: Descrever a atuação de enfermagem em estomaterapia à pessoa com ferida cirúrgica complicada. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa documental, qualitativa, do tipo estudo de caso, realizada em junho de 2022 no Ambulatório de Enfermagem em Estomaterapia da Universidade Regional do Cariri. Os dados foram obtidos através dos constantes no prontuário de saúde do participante referente às consultas de enfermagem. Todos os preceitos éticos e legais para pesquisa com seres humanos foram observados, sob o parecer do Comitê de Ética em Pesquisa nº 3.155.662. RESULTADOS: Participante do sexo masculino, 28 anos, com histórico de procedimento cirúrgico de osteossíntese. Admitido no dia 16/03/2022 com deiscência operatória em região maleolar externa do membro inferior esquerdo, que havia iniciado há 16 dias. Ao exame: lesão com 6,5 cm de comprimento e 1,5 cm de largura, leito com necrose coagulativa e esfacelo, discreto exsudato seropurulento, bordas aderidas, pele perilesão hiperpigmentada, queixa de dor acentuada (nível 7), com sinais flogísticos de infecção local. Conduta: limpeza com soro fisiológico 0,9% e solução de Polihexametileno Biguanida (PHMB) com ação por 15 minutos. Realizado o desbridamento mecânico e instrumental conservador, e adotado alginato com prata como cobertura primária; gazes secas e atadura como secundária. Ao segundo atendimento não havia presença de necrose e foi iniciada a laserterapia de baixa potência com fotobiomodulação, com uso até o quarto atendimento. Na terceira consulta observou-se surgimento de tecido de granulação saudável, determinando-se como conduta a placa de silicone associada à espuma de hidropolímero. Ao quinto atendimento a ferida apresentava leito granulado com discreta crosta superficial, tendo-se realizado o debaste e utilizado Ácido Graxo Essencial (AGE) como cobertura primária. O participante recebeu alta por cura ao sexto atendimento, por alcance à completa epitelização. CONCLUSÃO: A atuação da equipe de enfermagem em estomaterapia, conciliando conhecimentos técnico-científicos, é de fundamental importância para o alcance à epitelização de lesões complicadas.