INTRODUÇÃO: O Distrito Sanitário Especial Indígena, garante o acesso à atenção integral à saúde dos povos indígenas, conforme os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. O Brasil possui 34 Distrito Sanitários, destes, sete estão no Amazonas, onde concentra a maior população indígena do país, com 183.514 mil pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Na saúde indígena as ações de saúde são desenvolvidas por equipes multidisciplinares, dentre esses profissionais estão os profissionais de enfermagem, que representam a maior força de trabalho na saúde Indígena. A Casa de Saúde Indígena do Distrito Sanitário Especial Indígena do Médio Rio Purus, na cidade de Lábrea, sul do Amazonas, conta com o papel do técnico de enfermagem no cuidado à população indígena. OBJETIVO: Descrever o papel do técnico de enfermagem na casa de saúde indígena do Distrito Sanitário Especial Indígena do Médio Rio Purus. METODOLOGIA: Relato de experencia de enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam há mais de dez anos na casa de saúde do índio localizada no município de Lábrea no sul do Estado do Amazonas. RESULTADO: Os técnicos de enfermagem oferecem acolhimento aos pacientes, promovem a humanização do cuidado, assistência pré e pós-hospitalização e na recuperação, assistência integral aos indígenas; acompanham a evolução do quadro clínico, fazem registros no prontuário e livro de ocorrência; preparam e administram medicamentos em horário pré-estabelecidos, preparam pacientes para exames diagnósticos; orientam quanto à higiene geral e pessoal, zelam pelos materiais e equipamentos do posto de enfermagem; atualizam o fluxo de entrada, permanência e saída de pacientes e acompanhantes; além da passagem do plantão diário. CONCLUSÃO: As ações realizadas pelos técnicos de enfermagem no âmbito da Casa de Saúde do índio possuem relevância, porém são predominantemente administrativas, com ações pontuais de promoção da saúde e prevenção de agravos. Necessita-se repensar a formação desses profissionais, de modo a promover o desenvolvimento de competências para atuação nos serviços de atenção à saúde indígena, sob a ótica da integralidade da atenção à saúde, da cultura, interculturalidade e intermedicalidade.