Introdução: O jejum pré-operatório tem o intuito de garantir a segurança do paciente durante a indução anestésica, por meio do esvaziamento gástrico. Contudo, a prática do jejum prolongado no pré-operatório passou a ser questionada, pois não se observa uma relação direta com a diminuição do tempo de jejum e a ocorrência de broncoaspiração. Objetivo: Identificar as evidências científicas acerca da abreviação do jejum no pré-operatório de pacientes oncológicos. Metodologia: Foi utilizado o portal Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e o PubMed, serviço da U. S. National Library of Medicine (NLM), os quais foram acessadas as bases de dados: MedLine, Lilacs, BDENF e Scielo. Os descritores foram [Cuidados de enfermagem], [jejum] e [Cuidados Pré-Operatórios] associados com o conectivo AND. Foram incluídos artigos completos, disponíveis sem pagamento, entre 2015 a 2021, nos idiomas inglês, português e espanhol. . A partir disso, encontrou-se 21 artigos. Após a leitura do resumo, foram selecionados 9 artigos, uma vez que exclui-se artigos duplicados, que descreviam apenas o pós-operatório Resultados e discussão: Por meio da Revisão Integrativa da Literatura a maioria dos estudos selecionados e analisados foi do ano de 2021 (6), seguido de 2017 (2), além disso, cerca de 77,7% (7/9) são de idioma inglês e mais de 11% (1/9) são de idioma português. Assim, nota-se a prevalência de estudos internacionais em detrimento de estudos nacionais. Ademais, evidencia-se a necessidade de abordagem da temática, pois a prática da brevidade do jejum se configura como um avanço no que se refere ao conforto do paciente, além de minimizar sintomas no pós-operatório decorrente do prolongamento do jejum. Contudo, apesar das evidências científicas apontarem os benefícios de tal prática, ainda são enfrentadas dificuldades com relação à adoção da abreviação do jejum. Outrossim, em pacientes com neoplasias no trato gastrointestinal, a abreviação do jejum em cirurgias apresentam resultados positivos; por reduzir os sintomas gastrointestinais no pós- operatório como a êmese e náuseas, além de não ser observado complicações durante a indução anestésica e nem broncoaspiração; e diminuição da necessidade internações hospitalares Conclusão: O presente estudo demonstra a sua relevância ao abordar as evidências científicas atuais sobre a prática da brevidade do jejum, fato que estimula a prática baseadas em evidências, com foco no paciente.