Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL VACINAL DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE NO ESTADO DO ACRE, BRASIL
Relatoria:
ANDRE RICARDO MAIA DA COSTA DE FARO
Autores:
- Thayná do Carmo Brasil Gallo
- Queliene Moura dos Santos
- Iunaira Cavalcante Pereira
- Andréia Moreira de Andrade
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Acadêmicos de enfermagem estão expostos a vários tipos de riscos ocupacionais durante sua formação profissional, principalmente de contaminação com material biológico. A cobertura vacinal atualizada reduz os riscos no decorrer da formação e durante sua vida profissional. Objetivo: Verificar o perfil vacinal de acadêmicos de enfermagem de uma universidade no Estado do Acre, Brasil. Metodologia: Trata-se de estudo transversal, descritivo, com coleta de dados por meio de questionário on-line autoaplicável, no período de maio a junho de 2020. Com base nas vacinas autorreferidas, categorizou-se a amostra em “perfil vacinal atualizado” e “perfil vacinal desatualizado” para a idade. Resultados: A amostra foi composta de 80 estudantes, a maioria do sexo feminino (68,8%), idade média de 21,59 (DP=3,36) anos, variando de 18 a 40, solteira (77,5%), raça/cor autopercebida não branca (77,5%), cursando o ciclo de disciplinas específicas do curso (68,8%). Dentre os respondentes, 80% disseram que não há a solicitação do cartão de vacina no ingresso do curso ou durante realização de matrícula em disciplinas específicas de prática assistencial. Verificou-se atraso na cobertura vacinal em 81,1% dos respondentes. A vacina mais prevalente foi a BCG (98,8%). Dentre as vacinas obrigatórias, a Dupla Adulto (dT) apresentou o maior atraso (51,2%), seguida da Tetra Viral (31,2%), Hepatite B (25,0% de acadêmicos que afirmaram não ter recebido nenhuma dose na idade adulta) e Febre Amarela (13,7%). Observou-se que somente 18,8% (N=15) foram categorizados com perfil vacinal atualizado para a idade. Para os participantes de raça não branca apresentaram risco 4,30 vezes mais de perfil vacinal desatualizada para a idade quando comparados com participantes da raça branca. Destaca-se que a população do estudo é jovem e há deficiências quanto à cobertura vacinal. Conclusão: Torna-se imprescindível o reforço de três elementos fundamentais na formação dos futuros profissionais: o ensino sobre as doenças infectocontagiosas, as medidas de biossegurança que devem ser aplicadas em cada situação e a importância da imunização adequada para a idade. As instituições de ensino têm papel primordial na prevenção e controle das doenças imunopreveníveis, pois durante a formação acadêmica se fundamentam conceitos e é construído o conhecimento. É recomendado efetuar a atualização do cartão vacinal dos estudantes antes do contato com os pacientes para evitar a exposição a riscos desnecessários.