Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
ÓBITOS DE MULHERES EM IDADE FÉRTIL OCORRIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM BELÉM-PA
Relatoria:
DEYSE CRISTINE DOS SANTOS COSTA
Autores:
- Ariana Santana da Silva
- PERLA SUELY GAIA RANIERI QUEIROZ
- MARIA EDUARDA DE ARAUJO MOARES
- NAIARA CHAVES MAIA
- THAIS CRISTINA BORGES FARIAS
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Internacionalmente, óbitos de mulheres em idade fértil (MIF) correspondem a faixa de 15 a 49 anos de idade, no Brasil, a faixa etária considerada é de 10 a 49 anos. A preocupação com a diminuição nos índices de mortalidade materno-infantil está presente em diversas discussões consolidando-se entre as metas do milênio. Nesse sentido, a Portaria GM/MS nº 1.119 de 5 de junho de 2008 regulamentou a investigação do óbito materno e determinou que, tanto estes, quanto os de mulheres em idade fértil, são considerados eventos de investigação obrigatória, independente da causa declarada, objetivando levantar fatores e causas determinantes, assim como subsidiar a adoção de medidas que possam evitar a sua reincidência. Objetivo: Traçar o perfil de óbitos de MIF ocorridos em um hospital universitário nos últimos 3 anos. Metodologia: Estudo retrospectivo com abordagem quantitativa, descritiva. O levantamento do referido perfil se deu junto ao banco de dados de óbitos do Núcleo de Vigilância Epidemiológica de um hospital universitário do Pará, para tal filtrou-se os óbitos ocorridos entre mulheres em idade fértil nos anos de 2019, 2020 e 2021. Resultados: A análise apontou 678 óbitos femininos no período da pesquisa, sendo 201 por óbitos MIF (29,64%). O perfil foi com faixa etária dos 40 aos 49 anos (53,7%), procedentes da região metropolitana de Belém (60,2%), com escolaridade no ensino fundamental predominante, prevalecendo atividades ocupacionais ligadas ao serviço doméstico. As causas de óbito foram: neoplasias (47,26%) com destaque para o câncer de mama, colo do útero e gástrico; e por Aids (35,32%). Entre os demais casos mostraram-se importantes as doenças infectocontagiosas tais como a tuberculose e as meningites. Conclusão: O alto índice de mortalidade de mulheres em idade reprodutiva ainda é um grave problema de saúde pública, haja vista que estas correspondem a uma parcela significativa da força de produção do Brasil, além de desempenharem papel fundamental na família que inclui a geração e o cuidado com os filhos, o que aponta para a importância de políticas públicas para prevenção e cuidados com a saúde da mulher.