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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
ACOLHIMENTO DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA, IDENTIFICAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Relatoria:
Evandicleude Ferreira de Carvalho
Autores:
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A violência contra a mulher é um fenômeno social e histórico-cultural caracterizado como um problema de saúde pública devido a sua gravidade e sequelas negativas que afetam de forma multidimensional a vida das vítimas. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2021) indica que no Brasil, em 2021, uma mulher foi vítima de feminicídio a cada sete horas e 81,5% destas foram mortas por companheiros ou ex-companheiros. A Atenção Básica se configura como uma importante porta de entrada para o atendimento às mulheres vítimas de violência. Nesse atendimento, o Enfermeiro deve detectar precocemente situações de risco, possíveis vítimas e seus agressores para traçar um plano de assistência. Este estudo visa analisar o acolhimento de Enfermagem como mecanismo de identificação de casos de violência contra a mulher na Atenção Básica. Trata-se de uma revisão de literatura com levantamento de produções sobre o tema, publicadas em periódicos nacionais nos últimos cinco anos. Foram selecionados 11 artigos científicos na base de dados SciELO e Biblioteca Virtual em Saúde Brasil, a partir dos descritores: Enfermagem de Atenção Básica, Acolhimento e Violência Doméstica. Os estudos indicaram que, na maioria das vezes, o Enfermeiro da Atenção Básica é o profissional que realiza o primeiro atendimento às vítimas de violência, o que faz da consulta de Enfermagem um momento imprescindível para a identificação dos casos. Também, que o acolhimento e a escuta são primordiais para a formação do vínculo de confiança com a vítima e que essa pratica deve ser mais explorada pelos profissionais de enfermagem. Conclui-se que o acolhimento sobre um olhar holístico é primeira atitude esperada. O profissional necessita considerar não somente o que escuta, mas também o que não é verbalizado para não comprometer a integralidade da assistência, pois os principais agressores são pessoas as quais a vítima possui algum vínculo e o ambiente doméstico é o local onde a maior parte das agressões são realizadas.