Introdução: A Norma Reguladora 32 (NR 32) dispõe sobre a segurança e saúde no trabalho em ambientes de assistência à saúde no Brasil. Diante disso, essa norma discorre a respeito da proibição do uso de adornos em serviços de saúde em geral, em virtude de microorganismos que esses objetos podem acumular, gerando risco biológico ao paciente, sobretudo no centro cirúrgico (cc), um ambiente controlado e de alta periculosidade para infecções. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem acerca do risco à segurança do paciente devido ao uso de adornos por profissionais do cc. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, acerca da prática hospitalar de acadêmicos de enfermagem da Universidade do Estado Pará, no centro cirúrgico de um Hospital de alta complexidade e referência para pacientes oncológicos, localizado em Belém-PA, no mês de maio de 2022, o relato evidencia na observação, o uso de adornos por parte dos profissionais de saúde. Relato de experiência: Durante as aulas práticas, os acadêmicos foram inseridos no ambiente do centro cirúrgico para presenciar o funcionamento e as atividades de competência do profissional enfermeiro. A partir da observação, ficou evidente o comportamento da equipe cirúrgica quanto ao uso constante de adornos, principalmente durante o ato cirúrgico nas salas de operação, assim, foi possível visualizar cirurgiões, residentes, técnicos de enfermagem e enfermeiros utilizando acessórios, como: brincos, cordões, alianças, e em alguns casos, celulares. Tal fato, é considerado relevante por ser um ambiente crítico que recebe pacientes oncológicos, pois representa um grande risco à segurança do paciente, visto que, estes podem abrigar agentes patogênicos, aumentando o risco da transmissão de infecções, dificultando e retardando o processo de recuperação do paciente. Conclusão: A vivência no centro cirúrgico do hospital levantou pensamentos críticos dos acadêmicos, pois, a literatura evidencia medidas para melhor assistência ao paciente cirúrgico, entretanto, no campo prático, essa realidade ainda é distante. Assim, inúmeros fatores podem contribuir para o não cumprimento das normas de segurança, dentre elas questões gerenciais, a cultura da educação dos funcionários, ou até, a rotina exaustiva, tornando-os desatenciosos. Portanto, medidas como a educação permanente podem ser realizadas, para a sensibilização aos profissionais dos riscos que esses adornos podem gerar ao paciente.