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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
INDICADORES DE COVID-19 NA REGIÃO NORTE DO BRASIL EM DOIS ANOS DE PANDEMIA
Relatoria:
ANDRE RICARDO MAIA DA COSTA DE FARO
Autores:
  • Ane Vitória Vieira Mendes
  • Carolina Franco Lima
  • Fernanda Paula de Faria Guimarães
  • Juliana Burgo Godoi Alves
  • Sandra Maria Sampaio Enes
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O SARS-CoV-2 ou o novo coronavírus surgiu em dezembro de 2019 na província de Hubei, na China, sendo rapidamente configurada como o epicentro mundial dos casos e óbitos pela doença. Logo, em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde decretou estado de pandemia pela alta disseminação em vários países e regiões do mundo. Objetivo: Analisar os indicadores de incidência, mortalidade e letalidade por COVID-19 na região Norte do Brasil durante dois anos de pandemia. Metodologia: Trata- se de estudo ecológico, realizado por meio da coleta de dados secundários do painel coronavírus e dos boletins epidemiológicos durante o período de 27 de março de 2020 a 31 de março de 2022. Resultados: No período do estudo o Brasil registrou 29.947.893 casos e 659.757 óbitos por COVID-19. Os estados da região norte foram responsáveis por 2.471.643 casos (8,25%) dos quais 49.832 evoluíram para óbito (7,55% dos óbitos nacionais). A região norte apresentou taxa de incidência de 13.071,44 casos de COVID-19 para 100 mil habitantes, taxa de mortalidade de 263,56 óbitos para 100 mil habitantes e coeficiente de letalidade de 2,02%. Dentre todos os estados da região, Roraima apresentou a maior taxa de incidência (23.769,25 casos para 100 mil habitantes). Rondônia registrou a maior taxa de mortalidade (395,53 óbitos por 100 mil habitantes) e Pará teve a menor taxa de incidência (8.590,25 por 100 mil habitantes). Contudo, o Amazonas destacou-se por apresentar o maior coeficiente de letalidade de 2,44%, superando a letalidade nacional (2,20%). Observou-se dois picos de taxa de mortalidade no Amazonas (maio/2020 e janeiro/2021). No segundo pico, o estado tornou-se o epicentro mundial da doença, atingindo maior taxa de mortalidade durante o período deste estudo (66,32 óbitos por 100 mil habitantes). Sugere-se que este fato deu-se em razão da crise no sistema de saúde ocasionada pela insuficiência de oxigênio nos hospitais do estado agravada pela falta de estoque dos cilindros de oxigênio. Conclusão: A pandemia da COVID-19 evoluiu de modo heterogêneo na região Norte. A região norte é considerada uma das regiões que apresentam as maiores desigualdades socioeconômicas do Brasil, o que pode ter obtido papel importante nos altos índices de incidência e mortalidade por COVID-19. Fatores como desigualdades socioeconômicas e a distribuição centralizada de serviços de saúde podem ter contribuído no impacto negativo da epidemia na região.