Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
O RETORNO DO PARTO NA ÁGUA PÓS-PANDEMIA DO COVID-19: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
CARLA REBECA DA SILVA CAMPOS
Autores:
- SHEILA VITOR DA SILVA
- NAYARA DA COSTA DE SOUZA
- PAULA ALINE BRELAZ TAVARES
- ANA PAULA BRITO SANTA BRIGIDA DE ALBUQUERQUE
- MARIA DE DEUS DA SILVA RIOTINTO
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: O parto na água é uma prática antiga, que vem aumentando nos centros obstétricos ao redor do mundo, possui inúmeras vantagens, como aumento da autonomia materna, liberdade de movimento e controle da dor. OBJETIVOS: Relatar sobre o retorno do parto na água em um Centro de Parto Intrahospitalar (CPNI). METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de enfermeiras obstétricas sobre o retorno da assistência ao parto na água com gestantes de baixo risco no CPNI de uma maternidade pública referência em parto humanizado em Manaus/AM, em 2022. RESULTADOS: Durante a pandemia os partos na água foram suspensos nacionalmente, devido ao risco de contaminação por Covid-19, retornando no AM em fevereiro de 2022 (divulgado em jornais e mídias sociais locais), quando houve diminuição dos casos. No CPNI, ao serem admitidos, pacientes e acompanhantes são orientados quanto normas e rotinas, são instruídos sobre os benefícios dos métodos não farmacológicos para o alívio da dor, onde destaca-se o uso do água morna no primeiro período do trabalho de parto para fins de relaxamento e analgesia, e no período expulsivo, onde a paciente tem total escolha da posição em que se sinta confortável para parir, sendo oferecido o parto na água, utilizando a banheira. Onde a equipe multidisciplinar (enfermeiras, técnica de enfermagem, fisioterapeutas e residentes) responsável começa a atuar aplicando os métodos de acordo com as fases do trabalho de parto e aceitação da paciente. Com o retorno dos partos na água, foi possível observar a grande procura e aceitação pelas parturientes, diminuição significativa da queixa de dor, relaxamento, envolvimento e confiança na equipe, bem como aumento do vínculo mãe e bebê. O parto na água permitiu maior flexibilidade, maximização dos diâmetros pélvicos, facilidade de movimento e escolha de posição, gerando maior autonomia e liberdade durante todo o processo, havendo maior interação entre pacientes, acompanhantes e equipe, não interferindo na monitorização materna e fetal. CONCLUSÃO: O retorno dessa modalidade de parto abriu um leque de oportunidades para que as pacientes sejam protagonistas de seus partos, o que não foi possível no período pandêmico devido o risco de transmissão da Covid-19. A equipe voltou a proporcionar ao maior número de mulheres possíveis a experiência do parto na água, que possui inúmeros benefícios, tornando esse momento único na vida da mulher, menos doloroso, respeitoso, humano e acolhedor.