LogoCofen
Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
O USO DE CATETER VESICAL DE DEMORA POR IDOSOS PÓS-CIRÚRGICOS: DESAFIOS PARA O CUIDADO NO DOMICÍLIO
Relatoria:
Juliete Coelho Gelsleuchter
Autores:
  • Melissa Locks
  • Mônica Stein
  • Anderson Abreu de Carvalho
  • Juliana Balbinot Reis Girondi
  • Nádia Chiodelli Salum
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Dissertação
Resumo:
Introdução: Tem sido prática cada vez mais comum o processo de alta hospitalar precoce, onde eventualmente os pacientes idosos acabam indo para casa com dispositivos hospitalares, a exemplo de cateteres vesicais. Objetivo: Identificar os desafios de idosos pós-cirúrgicos no uso do Cateter Vesical de Demora no domicílio. Método: Estudo qualitativo, realizado em uma clínica urológica da grande Florianópolis, no período entre maio e julho de 2020, com idosos acima de 60 anos, que foram submetidos à cirurgia e que necessitaram ir para o domicílio em uso de Cateter Vesical de Demora. A coleta deu-se por questionário semiestruturado, composto de duas partes sendo a primeira aplicada durante a internação para a caracterização do idoso e a segunda realizada após a alta dependendo do tempo de permanência com cateter. A caracterização dos sujeitos foi apresentada de forma descritiva e a análise dos dados qualitativos foi realizada por análise temática. Resultados: Participaram do estudo 16 idosos todos do sexo masculino, o tempo de permanência com o cateter foi de três a 24 dias, sendo a principal causa para o uso do cateter as cirurgias relacionadas à próstata (n 9). A partir dos questionários identificou-se quatro categorias temáticas a saber: desafios em estar com cateter; necessidade de suporte no cuidado com o cateter; complicações relacionadas ao cateter e, educação em saúde para alta hospitalar. As principais dúvidas trazidas pelos idosos foram acerca da fixação do cateter, locomoção e esvaziamento da bolsa. Acerca das complicações a obstrução foi a mais recorrente. Quanto às orientações recebidas para o preparo da alta hospitalar, quatro foram feitas pela enfermeira, quatro por médicos, dois por técnicos de enfermagem e um idoso mencionou que recebeu orientação pela equipe de enfermagem. Considerações finais. Destaca-se a importância das orientações no momento da alta, uma vez que, o manejo inadequado do cateter por falta de conhecimento pode gerar complicações. Com o estudo foi possível identificar que as orientações no momento da alta foram incipientes e que a movimentação estando com cateter foi o maior incômodo entre os idosos. Acredita-se que esse estudo possa contribuir no reconhecimento das dúvidas dos idosos em relação aos cuidados com o cateter e ainda, gerou subsídios para novos horizontes de orientação para alta e cuidados com este dispositivo para idosos, seus cuidadores e familiares.