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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
PERCEPÇÃO DE RISCO DE INFECÇÃO PELA COVID-19: RESULTADOS DO PROJETO TERMÔMETRO SOCIAL – COVID-19 NO BRASIL
Relatoria:
Thais Zamboni Berra
Autores:
  • Heriederson Sávio Dias Moura
  • Felipe Mendes Delpino
  • Murilo César do Nascimento
  • Rosa Maria Pinheiro Souza
  • Ricardo Alexandre Arcêncio
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A COVID-19 tornou-se um problema de saúde pública mundial, e o sucesso das medidas de contenção e das políticas públicas para evitar a transmissibilidade e barrar a doença está associada à percepção de risco das pessoas sobre a pandemia, e a percepção é consonante a um contexto cultural, histórico e político. OBJETIVO: Analisar a percepção de risco da população brasileira para a própria infecção pela COVID-19. MÉTODOS: Estudo transversal, descritivo e analítico, via websurvey. O estudo foi realizado entre agosto de 2020 a fevereiro de 2021. A amostra se baseou numa amostragem não probabilística, por bola de neve. Foram realizadas análises descritivas e regressão logística binária, sendo realizados ajustes para sexo, raça/cor, idade e escolaridade no modelo final, e ainda estimando o Odds ratio (OR) considerando seu respectivo IC95%. RESULTADOS: Participaram do estudo 1.413 indivíduos da população brasileira, provenientes das cinco macrorregiões. Observou-se que as pessoas eram em maioria do sexo feminino (73,0%), da cor branca (68,1%), com idade entre 40 a 59 anos (41,8%) e possuíam nível de pós-graduação ou mais (50,4%). Cerca de 81,6% das pessoas se consideraram sem risco, com risco baixo e ou risco moderado quanto à infecção pela COVID-19. As pessoas com idade entre 40 a 59 anos apresentaram chances mais elevadas (ORa = 1,79; IC95%: 1,25-2,56) para percepção de risco de infecção pela COVID-19 comparadas àquelas com idade de 18 a 39 anos. Pessoas da raça/cor preta (ORa = 1,76; IC95%: 1,01-3,07) apresentaram chances mais elevadas frente às brancas. Os participantes que utilizaram o SUS apresentaram mais chances (ORa = 1,56; IC95%: 1,10-2,19) comparados aos que não usaram. CONCLUSÃO: Os achados evidenciam associações entre as características socioeconômicas da população e a percepção de risco de transmissibilidade e infecção pela COVID-19. A percepção de risco está associada aos comportamentos para a disseminação e progressão da doença numa comunidade. É importante para a enfermagem e profissionais da saúde compreenderem a percepção da sociedade frente aos riscos de transmissibilidade da COVID-19, das estratégias do Estado e sociedade, para reduzir a exposição em grupos em situação de vulnerabilidade social, que não dispõem dos recursos e mecanismos de proteção individual e coletiva são imprescindíveis para reduzir as desigualdades e mazelas trazidas pela pandemia.