Introdução: O plano de parto (PP) é um documento com validade legal, recomendado e reconhecido pelo Ministério da Saúde (MS), essencial para que a mulher exerça seu direito de escolha e registre formalmente o que pode ou não ser feito com seu corpo. No entanto, para a mulher montar efetivamente seu PP precisará de conhecimento adequado acerca de seus direitos sobre a assistência no seu parto e também acerca da violência obstétrica. Objetivo: Sistematizar o PP, possibilitando maior protagonismo e empoderamento da mulher e sua família na hora do seu parto. Metodologia: Trata-se de revisão integrativa da literatura (RIL), com análise exploratória utilizando os bases de banco de dados, Scielo, BVS, Lilacs e Pubmed. Os critérios de inclusão foram artigos publicados entre 2017 e 2022 em inglês, espanhol e português, tendo como critérios de exclusão artigos que não se alinhavam com tema proposto. Foram encontrados 176 artigos ao total e selecionados para leitura na íntegra 15 artigos, analisados segundo a técnica de analise de dados de Bardin. Resultados e Discussão: Os resultados da RIL em conjunto com as normativas do MS embasaram o desenvolvimento do “HumanizaPP”, que é um protótipo de software que permite a criação do PP, otimizando o serviço prestado e levando informações de qualidade a comunidade, a partir de quatro menus principais, que são: Direitos da gestante/parturiente, violência obstétrica, métodos não farmacológicos de alivio da dor na hora do parto e por fim a criação do plano de parto consciente. Tais informações fornecidas à população possibilitam um maior numero de mulheres conscientes de seus direitos, além de trazer uma maior fiscalização, assim os profissionais de saúde seriam estimulados a realizar capacitação, diminuindo o uso de métodos ultrapassados, desrespeitosos e sem comprovação cientifica. Conclusão: conclui-se que o software humanizaPP auxilia gestantes e parturientes para que façam escolhas conscientes e orientadas, com acesso livre ao conhecimento necessário para criação de um plano de parto adequado, possibilitando que a mesma reconheça seus direitos e os cobre, além de estimular a atualização de profissionais de saúde e a observância no cumprimento de seus deveres, tendo como consequência a diminuição do número de casos de violência obstétrica.