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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
Práxis do Enfermeiro nas Unidades Básicas de Saúde a mulheres vítimas de violência doméstica
Relatoria:
SUELY ARAGÃO AZEVÊDO VIANA
Autores:
  • Valdicleia Batista dos Santos
  • Patrícia Tavares de Lima
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A violência doméstica ocorre rotineiramente independente da classe social, raça, etnia, religião, orientação sexual, faixa etária ou grau de escolaridade da mulher e há maior incidência de casos relacionados por companheiros(as) ou ex-parceiros(as). Diante do exposto, apresentamos a seguinte questão problema: “Como o(a) enfermeiro(a) que exerce suas atividades laborais na Estratégia de Saúde da Família atua no atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica?”. Nesse contexto, tivemos como objetivo analisar o que a literatura traz sobre a atuação do(a) enfermeiro(a) diante das mulheres vítimas de violência doméstica no contexto da Estratégia de Saúde da Família. O presente artigo consiste em uma revisão integrativa da literatura delimitada em artigos científicos, no período correspondido entre 2017 e 2022, sendo utilizado oito artigos do Google Acadêmico e sete da Biblioteca Virtual de Saúde. Para a Organização Mundial de Saúde, entende-se por violência o uso de força física ou poder, sendo ela em forma de ameaças ou na prática, contra si próprio, outra pessoa, grupo e comunidade que resulte em danos psicológicos, sofrimentos, algum tipo de privação ou morte. A maioria dos(as) enfermeiros(as) atuantes na Estratégia de Saúde da Família relatam possuir conhecimentos a respeito da violência doméstica relacionados a aspectos socioemocionais, definindo o problema relacionado aos abusos e agressões verbais, psicológicas, morais e inclusive, patrimoniais, sem, contudo, negar lesões físicas. O acolhimento dialogado nas Unidades Básicas de Saúde almeja oferecer às pacientes ampla possibilidade de atendimento, com isso, é primordial a identificação dos casos de violência, além de orientar as mulheres acerca das redes de proteção intersetoriais, no entanto, tais profissionais destacam que não há clareza acerca das condutas que devem ser tomadas diante da revelação da vítima sobre as agressões sofridas, fato este que pode interferir na qualidade da assistência, gerando dilemas e contradições, limitando as ações de cuidado. A partir do estudo realizado, foi possível identificar a práxis do(a) enfermeiro(a) durante a assistência à mulher vítima de violência doméstica, reforçando que tal profissional tem papel fundamental nesse processo. Conclui-se reforçando a contribuição positiva deste estudo para a enfermagem, uma vez que descreve os limites e as possibilidades da assistência à mulher vítima de violência no âmbito Estratégia de Saúde da Família.