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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
Coorte de pacientes críticos-cirúrgicos: estudo preliminar de fatores associados ao delirium
Relatoria:
Danielle Moreira Marques
Autores:
  • Monyque Evelyn dos Santos Silva
  • Chana Felipe Junior Santana Albuquerque
  • Luciene Oliveira de Andrade Mainenti Pinto
  • Viviane Bastos da Silva
  • Tais Veronica Cardoso Vernaglia
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O delirium consiste em um estado confusional agudo que representa uma disfunção cerebral imediata, com evolução variável de comprometimento da funcionalidade cognitiva. Destaca-se que os fatores de risco para delirium pós-operatório são pouco elucidados pela literatura científica, propiciando que este acometimento orgânico seja subnotificado e ocasione repercussões à segurança do paciente e na morbimortalidade hospitalar. Objetivo: detectar a incidência de delirium e os fatores associados à sua ocorrência em pacientes pós-cirúrgicos intensivos adultos. Metodologia: Estudo piloto de coorte realizado em uma terapia intensiva cirúrgica localizada em um hospital universitário do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados no período de novembro de 2021 a junho de 2022. A amostra foi composta por pacientes críticos em pós-operatório imediato e maiores de 18 anos. Considerou-se como critério de exclusão, os pacientes em pós-operatório de cirurgia intracraniana. Para as variáveis categóricas, empregou-se o teste exato de Fisher, enquanto para as variáveis numéricas, utilizou-se o teste t de Student. Resultados: Amostra composta por 70 pacientes, variou de 23 a 88 anos, com média de 59 anos e mediana de 64 anos. A incidência de delirium foi 15,7% (n=11), com média de 75 anos (IC 95%, 70,1 -79,4), contrastando com 56 anos para os que não apresentaram delirium (IC 95%, 51,9 - 60,5), e evidência de p<0,001 ao realizar-se a comparação. A média do tempo de internação hospitalar até a alta da unidade intensiva dos pacientes que não apresentaram delirium foi de 4,2 (IC 95%, 2,8 a 5,5) e quem apresentou delirium foi de 7,2 (IC 95%, 2,4 a 12,1), sendo p=0,295. Constatou-se que 90,9% (n=10) dos pacientes em delirium eram hipertensos e a prevalência de diabetes nos pacientes que tiveram delirium foi 72,7% (n= 8), associando-se significativamente (p=0,041). As variáveis analisadas (hipertensão, diabetes, tabagismo e alcoolismo) apresentaram uma maior distribuição no grupo de pacientes que apresentaram delirium e houve predomínio de delirium pós-operatório em cirurgia vascular (36,4%). Conclusão: A incidência de delirium se mostrou semelhante à encontrada em outras produções científicas, com predomínio na população idosa e masculina e, constatou-se prolongamento da estadia hospitalar. A identificação de fatores predisponentes torna-se relevante para o reconhecimento das demandas populacionais e promover ações inovadoras para o cuidado individualizado.