Introdução: Plano de Parto é um documento de confecção da gestante, no qual ela tem o direito de expressar sua opção sobre o acompanhamento do parto, realização de procedimentos invasivos, intervenções, e escolha de local de parto e equipe de saúde. TORRES e ABI RACHED, 2017 Questão de pesquisa: quais as publicações científicas em enfermagem no período de 2016 a 2021 sobre a construção do plano de parto na Atenção Primária à Saúde? Objetivo: Identificar a publicação científica em enfermagem no período de 2016 a 2021 sobre a construção do plano de parto na Atenção Primária à Saúde, como ocorre sua construção, a frequência com que ele é trabalhado e identificação das necessidades de sua elaboração. Metodologia: Revisão integrativa, desenvolvida a partir das etapas: elaboração da questão de pesquisa; elaboração dos critérios de elegibilidade e busca na literatura; coleta de dados dos artigos selecionados; análise crítica dos estudos incluídos; discussão dos resultados. Utilizou-se o acrônimo das letras: população (P), intervenção (I), comparação (C) e desfecho ou resultado (O), não consideramos a vertente “C”, visto que não se propõe ao desenvolvimento de pesquisas clínicas (SOUSA et al., 2017). Utilizaram-se as recomendações do Statement for Reporting Systematic Reviewsand Meta-Analyses of Studies e analisados pelo SQUIRE 2.0. Resultados: Foram encontrados três artigos, que apontam que o plano de parto é considerado um instrumento relevante para o processo de parturição, como ferramenta de garantia de direitos e prevenção de complicações relacionadas a intervenções desnecessárias durante o trabalho de parto. (SILVA et al., 2019) O plano de parto também foi identificado como uma metodologia que promove a comunicação entre os pontos de atenção da rede, garantindo a exigência dos direitos da parturiente. Existem, barreiras quando da sua confecção e utilização, ou por desconhecimento do profissional ou por este instrumento não ser unanimemente respeitado nos ambientes promotores do parto, ou por recusa de sua aplicação pelos próprios profissionais de saúde. (NARCHI et al., 2019; GOMES et al., 2017) Conclusão: Torna-se necessário o incentivo a novos estudos, objetivando aprimorar a qualidade prestada ao pré-natal, respeitar a subjetividade e a equidade no processo parturitivo, e difundir a prática. Colabora para o empoderamento através do saber informado, resultando no compromisso de uma assistência qualificada.