LogoCofen
Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE POR SARS-CoV-2 EM GESTANTES NO ESTADO DO PARÁ
Relatoria:
ARIADNA FERNANDES NORONHA
Autores:
  • Charles Victor Gomes de Souza
  • Joici Carvalho Barata
  • Angela Maria Rodrigues Ferreira
  • Marcos José Risuenho Brito Silva
  • Laura Caroline de Sena Miranda
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O vírus SARS-CoV-2 é o agente etiológico da Covid-19, causador majoritariamente de casos com sintomatologia branda como sintomas respiratórios, febre, tosse e dispneia. No entanto, os indicadores epidemiológicos apontam para um prognóstico mais grave em gestantes, representado por quadros clínicos com altos índices de internações hospitalares, Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e óbitos. Sendo classificadas como grupo de risco para a infecção pelas modificações no organismo da mulher durante o período gestacional e por serem desconhecidas as consequências para o feto. OBJETIVOS: Descrever o perfil dos casos de gestantes diagnosticadas com SRAG por SARS-CoV-2 no Estado do Pará. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal com abordagem quantitativa, realizado no Estado do Pará. As participantes são gestantes notificadas com SRAG por SARS-CoV-2 no estado. A coleta de dados ocorreu por meio do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), no período de março de 2020 a dezembro de 2021. A pesquisa atendeu aos preceitos da resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e foi aceita pelo Comitê de Ética em Pesquisa por meio do parecer n°5.214.279. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De março de 2020 a dezembro de 2021 foram notificados 624 casos de SRAG por SARS-CoV-2 no Estado do Pará em gestantes, dentre esses casos, 102 (16,3%) foram internados em Unidade de Terapia Intensiva. Conforme dados oriundos da Organização Pan-Americana de Saúde, uma em cada três mulheres grávidas com Covid-19 que deveriam ter acesso a UTI durante 2020 e 2021 não recebeu cuidados críticos, revelando que 35% das gestantes que morreram por causas relacionadas à Covid-19 não foram internadas em terapia intensiva. Quanto à vacinação contra a Covid-19, apenas 104 gestantes dos casos notificados no Pará já haviam sido vacinadas, o que equivale a 16,7%. Porém, deve-se levar em consideração que a vacinação no Brasil iniciou apenas em janeiro de 2021, o que pode influenciar esse valor. CONCLUSÃO: Os estudos apontam uma tendência de quadros clínicos mais graves em gestantes, associados às modificações fisiológicas do organismo materno, o não acesso às UTI, a vacinação tardia, entre outros. Dessa forma, a pesquisa alcançou seu objetivo, porém, são necessários novos estudos, a fim de compreender os impactos da Covid-19 durante a gravidez e desenvolverem estratégias para a redução da gravidade da infecção nessa população.