INTRODUÇÃO: O Núcleo Rondon na UFC é um projeto de extensão multidisciplinar que conta com a participação de discentes dos cursos de Enfermagem, Odontologia, Educação Física e Medicina e tem como objetivo levar o cuidado integral para populações com limitado acesso à saúde. Desse modo, por meio das ações de extensão, o núcleo visa levar promoção de saúde e prevenção de doenças ao público por meio, principalmente, de ações de educação em saúde. Nesse contexto, é preciso salientar a importância da articulação comunitária, em especial as lideranças locais, nesse processo, uma vez que com tal envolvimento comunitário as ações de extensão tem seus objetivos alcançados com maior efetividade, reforçando, assim, alguns princípios norteadores do Sistema Único de Sáude (SUS): territorialização e participação social. OBJETIVOS: Relatar a importância da articulação comunitária e seus impactos durante a atuação dos extensionistas nas ações de extensão do núcleo Rondon na UFC. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência em que estabeleceu-se um comparativo entre a adesão da comunidade nas ações de extensão do Núcleo Rondon na UFC antes e após a intermediação e planejamento das atividades com as lideranças locais e organizações de ativismo comunitário. RESULTADOS: Desde a retomada das atividades presenciais, o núcleo executa diversas ações de extensão em comunidades de Fortaleza e do interior do Ceará. Nesses momentos os membros do núcleo oferecem ao público-alvo alguns serviços, como: aferição de pressão e glicemia, avaliação odontológica, educação em saúde, dentre outros. No entanto, para que essas ações aconteçam de maneira plena, fez-se necessário a comunicação dos membros com os representantes e líderes da comunidade. Essa importância pôde ser observada durante uma ação ocorrida em Novembro de 2021, com a retomada das atividades presenciais, promovida em uma comunidade de Cascavel, na qual, houve diálogo insuficiente com a comunidade e, por consequência, baixa adesão e impacto social. Em contrapartida, as ações seguintes, que foram promovidas em parceria com uma rede de ativismo comunitário, tiveram melhor estruturação, adesão e menos intercorrências. CONCLUSÃO: Portanto, reforça-se a importância do processo de territorialização e participação social para a promoção de ações de saúde efetivas. É necessário o diálogo com a comunidade que será assistida a fim de se realizar uma abordagem direcionada que atenda às suas necessidades em saúde.