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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
DESAFIOS DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL PARA ENFRENTAR A SÍFILIS CONGÊNITA: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Relatoria:
ERLON GABRIEL REGO DE ANDRADE
Autores:
  • FERNANDA FARIAS PAIVA
  • FABIANA MORBACH DA SILVA
  • PAULA VARANDA GOMES
  • IVANEIDE LEAL ATAÍDE RODRIGUES
  • ELISETH COSTA OLIVEIRA DE MATOS
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Doença infectocontagiosa, a sífilis é causada pelo Treponema pallidum e transmitida por via sexual/vertical. Seu desenvolvimento na gestação implica na possibilidade de infecção transplacentária do feto, e a ausência ou ineficiência do tratamento aumenta o risco de eventos como parto prematuro, baixo peso ao nascer, sífilis congênita, natimortalidade e óbito neonatal. Nesse contexto, a sífilis congênita aponta para a qualidade da assistência pré-natal, sendo o tratamento adequado da gestante infectada um método relevante para prevenir a doença. OBJETIVO: Analisar as evidências da literatura científica sobre os desafios da assistência pré-natal para enfrentar a sífilis congênita. METODOLOGIA: Desenvolveu-se uma Revisão Integrativa da Literatura por meio das etapas: definição do tema, elaboração da pergunta de pesquisa, formulação dos critérios de inclusão e exclusão, coleta dos dados, análise de conteúdo e apresentação da revisão. A coleta ocorreu em julho de 2021, na Biblioteca Virtual em Saúde e na Scientific Electronic Library Online, com os termos: Sífilis Gestacional, Sífilis Congênita, Adesão ao Tratamento Medicamentoso e Pré-natal. RESULTADOS: A amostra final se constituiu por quatro artigos, dos quais emergiram as categorias temáticas: “Diagnóstico tardio da sífilis gestacional”, “Baixa adesão ao tratamento por parte da gestante” e “Baixa adesão ao tratamento por parte do parceiro”. Na primeira categoria, discutiu-se que a testagem para sífilis é preconizada como cuidado na assistência pré-natal, mas ainda existem entraves que dificultam o diagnóstico precoce, visto que parcela das gestantes não realiza o pré-natal oportunamente e há carência de profissionais capacitados para executar o teste e interpretar seus resultados. Na segunda, foram explanados os contrastes entre o tratamento gratuito/universal e o descompromisso de gestantes em realizá-lo adequadamente, pois algumas não o concluem. Ao revelar o descompromisso do parceiro sexual em acompanhar a gestante nas consultas de pré-natal, a última categoria apontou consequências importantes, visto que, nessa circunstância, o parceiro não é testado e nem tratado para sífilis, propiciando a reinfecção da gestante e a ocorrência da sífilis congênita. CONCLUSÃO: A doença persiste como desafio à saúde pública, para o qual é necessário ampliar a qualidade da assistência pré-natal, abrangendo os recursos humanos e materiais dos serviços de saúde e as ações de educação dos grupos sociais.