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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
SAÚDE PÚBLICA PARA PESSOAS TRANSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSGÊNERO: REVISÃO BIBLIOMÉTRICA DAS PUBLICAÇÕES GLOBAIS
Relatoria:
MÁRCIO CRISTIANO DE MELO
Autores:
  • Vinícius Henrique Bernardes
  • Daniella Yamada Baragatti
  • Elizabeth Regina de Melo Cabral
  • Rinaldo Eduardo Machado de Oliveira
  • Tássia Fraga Bastos
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A transexualidade é uma condição que até os dias atuais enfrenta diversas barreiras sociais, as quais reverberam no cenário político e, consequentemente, nas instituições de saúde. Objetivo: Identificar a produção científica global a respeito de pessoas transexuais, travestis e transgêneros, com relação ao volume de publicações, sua dinâmica temporal e os países de publicação. Metodologia: Revisão bibliométrica das publicações globais. A elaboração da estratégia foi baseada na estratégia PICO. Determinou-se o período de 2010 a LILACS, MEDLINE via PubMed e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), com texto integral em português, inglês ou espanhol, que trouxessem no título a menção à população estudada como foco principal. Foi estimada a variação anual percentual (APC), que traz como resultados variações positivas ou negativas das publicações durante o período, por meio de uma regressão segmentada (RS) Joinpoint Regression. Resultados: Um total de 3.048 artigos foram delimitados nesta pesquisa. A BVS com 1.567 publicações (51,41%), MEDLINE com 1.376 (45,22%) e LILACS com 102 (3,38%). Diante da verificação de duplicidade via Software EndNote Web e análise por leitura, foram excluídos 1.116 trabalhos e após aplicação dos critérios de inclusão foram descartados 1.009 artigos. Dos 923 trabalhos quanto seu país de publicação, 57,10% (n=527) foram publicados em periódicos dos Estados Unidos da América, 20,91% (n=193) na Inglaterra e 7,48% (n=69) no Brasil. Houve aumento significativo na frequência de publicações mundiais no período de 2010 a 2016, com APC de 58,2% ao ano (IC 95%: 40,8 - 77,8), e, no período final da série histórica de 2016 a 2021 uma APC de 19,9% ao ano (IC 95%: 2,8 - 39,9). Considerando a variação anual percentual média, o aumento foi de 39,5% ao ano (IC 95%: 29,0 - 50,9). Enquanto no Brasil, a APC foi de 72,0% (IC 95%: 15,3 - 156,6) ao ano no período de 2010 a 2021. Conclusão: Na última década e dias atuais, as publicações tornaram-se mais heterogêneas entre as diversas áreas do saber científico, e, ainda que as grandes áreas da saúde possuírem maior relevância no montante das publicações, destaca-se uma maior diversidade de estudos no meio acadêmico, bem como novas estratégias de debate social e diversificação das temáticas conduzidas pela academia.