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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
DIABETES MELLITUS NA GESTAÇÃO: FATORES ASSOCIADOS E DESFECHOS NEONATAIS NO EXTREMO OESTE DE SANTA CATARINA
Relatoria:
KAMILA EIDT NOGUEIRA
Autores:
  • Juliana Eduarda Balestro
  • Ana Cristina Mucke
  • Patrícia Sansigolo
  • Jennifer Guerra de Carvalho
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Diabetes Gestacional (DG), é definida como sendo a intolerância a carboidratos que procederá em hiperglicemia resultante de defeitos na secreção e\ou na ação da insulina no organismo e, apresenta prevalência variada de 3 a 25% das gestações ao redor do mundo (COSTA et al., 2021). A gestante com diabetes gestacional deve ser acompanhada pelo pré natal de alto risco, pois quando não controlada, contribui para desfechos adversos e aumento nas taxas de mortalidade materna e neonatal (MATTOS et al., 2018). Objetivo: Avaliar e identificar fatores associados à ocorrência de Diabetes Mellitus na gestação, bem como os desfechos neonatais, entre 2016 e 2020 na região extremo-oeste de Santa Catarina (SC). Metodologia: Trata-se de um estudo transversal utilizando-se de prontuários de gestantes com parto em um hospital de referência para 30 municípios no Extremo Oeste de Santa Catarina. Foram realizadas análises de tendência linear para a ocorrência da DG através do tempo, e as características maternas e desfechos da gestação e do parto foram associados à DG através de regressão de Poisson bruta e ajustada. Resultados: A amostra foi composta por 3.797 parturientes. A prevalência de DG no extremo oeste de Santa Catarina foi de 1,6%. Houve aumento na frequência da DG de 1,4 p.p. ao longo do tempo, com maior prevalência no ano de 2020 (2,7%). Apresentaram maior risco para DG as mulheres mais velhas, multíparas e com hipertensão gestacional, e quanto aos desfechos a DG somente contribuiu para a realização significativa de cesarianas, não esteve associada a desfechos fetais adversos como prematuridade, baixo peso e necessidade de reanimação neonatal. Neste estudo não foi identificado o status de infecção por COVID-19 pelas gestantes, no entanto, é possível supor que a pandemia tenha influenciado de alguma forma o período gestacional, uma vez que a maior prevalência de DG se deu no ano de 2020. Conclusão: A prevalência de Diabetes Gestacional apresentou-se em ascensão nos últimos cinco anos, tendo maior probabilidade para o desenvolvimento de Diabetes Gestacional as mulheres com idade avançada, multíparas e com síndromes hipertensivas da gestação. Não houve associação com desfechos neonatais adversos sugerindo que quando o diagnóstico de risco é realizado precocemente, assim como o tratamento e a interrupção da gestação em tempo oportuno, os desfechos podem ser favoráveis.